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Metroviários decidem esperar nova proposta do governo e adiam greve

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iG São Paulo

Em assembleia geral na sede do sindicato, na noite desta segunda-feira (27), funcionários da Metrô optaram por aguardar até próxima semana, quando haverá outra reunião

Os metroviários de São Paulo optaram na noite desta segunda-feira (27) pelo adiamento da greve, que estava prevista para começar nesta terça (28). Após votação em assembleia geral na sede do sindicato, no Tatuapé, a categoria decidiu esperar por uma nova proposta do governo do Estado até a próxima segunda (3), quando haverá outra reunião dos funcionários do Metrô. Caso o valor não seja o exigido pela categoria, a paralisação pode começar na terça (4).

Os metroviários haviam se reunido durante a tarde com representantes do Metrô no Tribunal Regional do Trabalho da 2.ª Região, no centro, para tentar uma conciliação. O Metrô pediu mais uma semana para reapresentar uma nova proposta para os trabalhadores. "Dia 3 ou (o Metrô) faz uma proposta razoável para a categoria, ou dia 4 para São Paulo", disse ao microfone o presidente do sindicato, Altino de Melo Prazeres Júnior. Ele sugeriu que a categoria vá "até o limite" para conquistar as reivindicações.

Os metroviários pedem aumento real de 14,16%, além de 7,3% de reposição salarial e reajuste de 24,3% para o vale-refeição. Há outras reivindicações, como o aumento do vale-alimentação para R$ 382,71 e equiparação salarial.

Entenda o caso: Metroviários fazem assembleia para decidir se mantêm greve

No Metrô, em caso de greve, a única linha que funcionaria sem interrupção é a 4-Amarela (Luz-Butantã), já que seus funcionários pertencem a outro sindicato. É que a Linha 4 é administrada pela iniciativa privada, por meio de uma concessão do governo do Estado.

Com isso, podem ser paralisadas as Linhas 1-Azul (Tucuruvi-Jabaquara), 2-Verde (Vila Madalena-Vila Prudente), 3-Vermelha (Corinthians-Itaquera-Palmeiras-Barra Funda) e 5-Lilás (Capão Redondo-Largo Treze), por onde circulam, por dia, em média, quase 4 milhões de passageiros.

CPTM

Assim como os metroviários, os funcionários de quatro linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também decidiram adiar a greve. A decisão foi tomada em assembleia realizada na frente da Estação Brás, na região central, por volta das 20h40.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana, Alessandro Viana, foi marcada uma audiência de conciliação com a CPTM para as 14 horas de terça-feira (28). Essa entidade representa as Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda.

Também participará dessa reunião o Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, que igualmente sinalizava com a possibilidade de interrupção das Linhas 11-Coral e 12-Safira da CPTM. Na segunda (3), a CPTM deverá apresentar uma nova proposta para a categoria, que, no mesmo dia, avaliará se a aceita ou não.

A categoria pede a reabertura das negociações com a CPTM, reposição da inflação e aumento real de 5%. Além disso, os funcionários querem vale-refeição de 25 reais e um vale-alimentação. O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, que representa os empregados das Linhas 7-Rubi e 10-Turquesa, já havia fechado acordo com a CPTM na semana passada. Portanto, não haverá greve nesses ramais.

Outro lado

Em nota, o Metrô confirmou que, com a decisão, o transporte funcionará normalmente na terça (28). E disse que "conta com o bom senso da categoria em respeitar a solicitação" do TRT para suspender o movimento até semana que vem, "quando será feito novo encontro para negociação entre as partes".

Leia também: Tarifas de ônibus, trem e Metrô vão subir para R$ 3,20 em São Paulo

"A Companhia realizou neste mês seis reuniões com a categoria para negociar o reajuste dos metroviários, que reivindicam, além de reajuste de 8,06%, aumento real de 14,16%. Nos últimos sete anos, a soma de aumentos chegou a 48,84%. Somente acima de inflação, foram 8,8% no mesmo período. A Companhia concede uma série de benefícios aos seus funcionários, como participação nos lucros, vales Refeição e Alimentação, auxílio médico e previdência, além de outras gratificações."

*Com informações da Agência Estado



Amigos acompanham missa de sétimo dia de diretor do Estadão

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Agência Estado

Ruy Mesquita morreu aos 88 anos. Ele havia sido internado no dia 25 de abril no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após ser diagnosticado com um câncer na base da língua

Agência Estado

Amigos e familiares do jornalista Ruy Mesquita, diretor do jornal O Estado de S.Paulo, compareceram na manhã desta segunda-feira (27) à missa de sétimo dia, realizada na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro dos Jardins, zona oeste da capital paulista.

Além dos quatro filhos, Ruy, Fernão, Rodrigo e João, e dos netos, também compareceram à cerimônia o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso; o presidente do Grupo Bandeirantes, João Carlos Saad; o diretor de jornalismo da emissora, Fernando Mitre; o maestro João Carlos Martins; o escritor Ignácio de Loyola Brandão e o presidente da associação comercial de São Paulo, Rogério Amato.

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Corpo de Ruy Mesquita é sepultado em cemitério de São Paulo

A missa foi celebrada pelo padre Antonio Aparecido Pereira, vigário da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de São Paulo. "Dr. Ruy viveu uma vida muito rica, de muito trabalho e coerência. Trabalhou muito pelo País e deixou marcas ainda mais bonitas no coração de filhos, netos e da família que construiu", disse o padre.

Ruy Mesquita morreu na terça-feira (21) aos 88 anos. Ele havia sido internado no dia 25 de abril no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Um câncer na base da língua havia sido diagnosticado no mesmo mês.

Hackers chineses acessaram detalhes sobre armas dos EUA, indica relatório

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Reuters

Segundo documento citado pelo Post, hackers tiveram acesso a projetos de navios e aviões de combate e de sistemas de mísseis cruciais para Europa, Ásia e Golfo Pérsico

Hackers chineses obtiveram acesso a projetos relativos a mais de 20 importantes sistemas bélicos dos EUA, segundo um relatório dos EUA divulgado na segunda-feira.

Dia 7: Pentágono acusa Exército chinês de ciberataques contra os EUA; China nega

Internet: Pentágono deve classificar ciberataques como 'atos de guerra'

Citando um relatório preparado para o Pentágono pela Comissão de Ciência da Defesa, o jornal The Washington Post informou que os projetos vazados incluem navios e aviões de combate, além de sistemas de mísseis cruciais para a Europa, a Ásia e o Golfo Pérsico.

Entre as armas listadas no relatório estão o sistema avançado de mísseis Patriot, os sistemas antimísseis Aegis, da Marinha, o caça F/A-18, o V-22 Osprey, o helicóptero Black Hawk e o caça F-35.

O relatório não especifica quando os furtos digitais aconteceram e até que ponto as informações vazaram, nem explica se o fato envolveu redes do governo dos EUA, de empresas contratadas ou de subcontratadas.

Empresa de segurança: Ciberataques contra EUA tiveram origem na China

Reação: Ministério da Defesa da China ataca relatório americano sobre ciberataques

Mas a espionagem daria à China um conhecimento que poderia ser explorado num conflito, como a capacidade de derrubar comunicações e corromper dados, segundo o Post. O texto diz também que a China poderá com essas informações acelerar o desenvolvimento da sua tecnologia defensiva.

NYT: EUA lançam competições com hackers para encontrar defensores cibernéticos

EUA: Orçamento torna segurança cibernética prioridade maior na Defesa

Em um relatório neste mês ao Congresso, o Pentágono disse que a China está usando a espionagem para modernizar suas forças militares e que a ação de hackers é uma preocupação grave. O Pentágono disse também que o governo dos EUA foi alvo de uma espionagem eletrônica que parecia ser "diretamente atribuível ao governo e aos militares chineses".

A China qualificou a notícia de infundada.

Ao mesmo tempo, a emissora de TV australiana ABC disse que hackers ligados à China se apropriaram das plantas da futura sede da Organização de Inteligência da Segurança da Austrália, que é a agência nacional de espionagem.

O ataque teria acontecido por meio dos computadores de uma empreiteira, expondo não só a disposição física dos espaços como também a localização das redes de comunicação e computação, segundo a imprensa.

Questionado sobre isso, o porta-voz da chancelaria chinesa, Hong Lei, disse que a China é contra a ação de hackers.

Janeiro: New York Times diz estar sob ataque de hackers da China há meses

NYT: Aumenta número de ataques cibernéticos contra infraestruturas dos EUA

"A China presta muita atenção à questão da segurança cibernética e está firmemente contra todas as formas de ataques de hackers", disse Hong, acrescentando que "é muito difícil descobrir quem realizou esses ataques". "Não sei quais as provas da imprensa para fazer esse tipo de reportagem."

Estudante baleado durante assalto perto da PUC-SP recebe alta do hospital

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Agência Estado

Assalto aconteceu próximo ao câmpus da universidade na zona oeste de São Paulo, durante a noite, e o suspeito fugiu de moto após o crime

Agência Estado

O estudante de 23 anos da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) baleado no dia 14 de maio em um assalto em Perdizes, na zona oeste da capital, deixou o Hospital das Clínicas (HC) nessa segunda-feira, 27. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da unidade, onde Bruno Pedroso Ribeiro passou por uma cirurgia para a retirada do projétil. O tiro atingiu o seu pescoço.

O caso: Estudante é baleado em assalto perto da universidade em São Paulo
O resgate: Aluno da PUC fica meia hora à espera de socorro

O assalto aconteceu próximo ao câmpus da PUC, durante a noite, e o suspeito fugiu de moto após o crime. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). A Secretaria de Segurança Pública foi procurada por volta das 13h50, mas ainda não informou o status das investigações.

Segundo a polícia, o estudante, que cursa Relações Internacionais, foi atingido após entregar o celular ao bandido, na altura do número 292 da Rua João Ramalho. Pedestres chamaram a Polícia Militar, que chegou minutos depois.

Mesmo assim, o jovem esperou quase meia hora para ser socorrido. Os policiais não teriam resgatado o rapaz, seguindo a polêmica norma da Secretaria de Segurança Pública que os impedia de fazer o primeiro atendimento a vítimas de crimes - uma nova resolução, de 21 de maio, autorizou o socorro em caso de demora ou da indisponibilidade do atendimento médico. O jovem foi levado ao HC pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Aécio diz que Dilma deve pedir desculpas por boatos sobre fim do Bolsa Família

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iG São Paulo

Tucano cobra explicações de presidente da Caixa Econômica Federal; Jorge Hereda pediu desculpas por erro ao não informar aos beneficiários a antecipação da data de saques

O novo presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse nesta terça-feira que a presidente Dilma Rousseff deve um pedido de desculpas ao povo brasileiro pelo episódio recente envolvendo o programa Bolsa Família e a Caixa Econômica Federal. "Creio que, nesse instante, a sra. presidente deve um pedido de desculpa formal a todos os brasileiros", disse, em Brasília, ao lado da nova Executiva do partido. "O grave é falsear a verdade, omitir as informações. Como disse o líder Carlos Sampaio (PSDB-SP), a própria PF (Polícia Federal) já sabia que esses pagamentos haviam sido antecipados (pela Caixa Econômica). Trafegamos durante toda a semana com informação não verdadeira", disse.

Leia mais: Presidente da Caixa pede desculpas por 'imprecisão' sobre Bolsa Família

Investigação: Gravação por telefone é origem de boatos sobre fim do Bolsa Família

Nesta segunda-feira, 27, o governo admitiu erro ao não informar os beneficiários sobre a antecipação da data de saques, que, segundo Jorge Hereda, presidente da Caixa, ocorreu devido a uma imprecisão de informações. Integrantes da gestão Dilma Rousseff admitiram que seguraram por pelo menos quatro dias a informação de que os recursos do programa social foram liberados para saque na véspera da corrida aos bancos, iniciada no dia 18.


A Caixa nega, porém, que a liberação excepcional de recursos do Bolsa Família na véspera tenha motivado os boatos sobre o fim do benefício e causado a corrida ao banco. Já a oposição diz que esse pode, sim, ter sido o motivo do pânico. "O que cada vez fica mais claro é que houve um ação descoordenada da Caixa que levou todo aquele tumulto que não foi assumido com a coragem daqueles que cometem equívoco", avaliou o tucano.

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Cardozo diz que boatos sobre Bolsa Família podem ter sido orquestrados

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Aécio destacou que, tanto na Câmara como no Senado, foi convidado o presidente do banco, Jorge Hereda, para dar explicações sobre o caso. Na Câmara, serão chamadas a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, e de Direitos Humanos, Maria do Rosário. Segundo ele, Rosário "acusou de forma irresponsável a oposição" como autora dos boatos. "A presidente está na obrigação de pedir desculpas públicas aos brasileiros pelo ocorrido e pela omissão da verdade protagonizada pela Caixa", reforçou.

Com Agência Estado

Total de inscritos no Enem atinge recorde de 7,8 milhões

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iG São Paulo

Nem todos os inscritos já realizaram o pagamento da taxa de inscrição, o que deve ser feito até esta quarta-feira

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, informou nesta terça-feira (28) que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) contabilizou 7.834.024 milhões de inscritos. As inscrições foram encerradas às 23h59 de segunda-feira (27). Ao apresentar o número recorde de inscrições no exame, Mercadante disse que há “um tsunami por mais educação” no País.

Nem todos os inscritos já efetuaram o pagamento da taxa de R$ 35, processo que confirma a participação do candidato no exame e mostra o número de exato de quantos estarão aptos a fazer a prova. O prazo para o pagamento vai até quarta-feira (29). O número inscrições neste exame supera o de candidatos inscritos na edição do ano passado (6,495 milhões) e também o de confirmados em 2012 (que pagaram a taxa de inscrição ou isentos), um total de 5.971.290.

Segundo Mercadante, no último dia de cadastro, o site do Enem chegou a registrar 3 mil inscrições por minuto e 120 mil por hora. Apesar de o site ter sofrido dois ataques de hackers – um pequeno e um médio –, o processo não foi prejudicado, disse o ministro.

O exame será aplicado nos dias 26 e 27 de outubro em todos os estados e no Distrito Federal. A nota do Enem pode ser usada para classificação no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) que oferece vagas em instituições públicas de educação superior e também para concorrer a vagas em instituições privadas de ensino, por meio do Programa Universidade para Todos (Prouni). Uma boa avaliação no Enem é também requisito para obter bolsa no Programa Ciência sem Fronteiras e para receber o benefício do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Os estudantes maiores de 18 anos que ainda não obtiveram a certificação do ensino médio também podem fazê-lo por meio do Enem. 

*Com Agência Brasil

Vice de Obama busca 'sintonizar' Brasil e EUA durante visita

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BBC

Após ir à Colômbia e Trinidad e Tobago, Biden chega nesta noite ao País, onde debaterá temas como energia e ressaltará a importância do Brasil nas relações externas dos EUA

BBC

Figura política de peso no governo americano, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, chega ao Brasil na noite desta terça-feira com a missão de ampliar a sintonia entre os dois países, que têm vivido um período de reaproximação desde o início do governo de Dilma Rousseff.

Anúncio da visita: Vice-presidente dos Estados Unidos virá ao Brasil no final do mês

Patriota em Washington: Kerry defende fortalecimento da parceria entre Brasil e EUA

O vice de Barack Obama deve impulsionar as discussões em temas como energia e ressaltar a importância do Brasil nas relações externas do seu país quando visitar o Rio e Brasília.

Biden, sublinham analistas, encabeçou no passado discussões importantes em temas domésticos, como a legislação de controle de armas, e carrega experiência em temas internacionais, por sua atuação, por exemplo, no envolvimento americano no Iraque, Afeganistão e Paquistão.

Portanto, sua escolha para uma visita que é considerada "mais uma demonstração do compromisso americano com as nossas parcerias nas Américas", como disse em Washington um alto funcionário do governo americano, é mais que meramente simbólica.

"No passado, o vice-presidente tinha uma função muito mais cerimonial, mas desde Al Gore (vice de Bill Clinton) essa figura tem extrapolado as expectativas", disse à BBC Brasil o diretor do Instituto para o Estudo da Diplomacia na Universidade de Georgetown, em Washington, James Seevers.

Saiba mais: Relembre a viagem de Obama ao Brasil em 2011

"Recentemente, Gore, Cheney (Dick Cheney, vice de George W. Bush) e Biden se tornaram figuras muito importantes nos seus respectivos governos. Portanto, a visita do vice a um país estrangeiro transmite a mensagem de grande engajamento diplomático dos EUA", avaliou.

Cooperação energética

Biden começou na segunda-feira, em Bogotá, capital da Colômbia, uma visita de cinco dias a três países do hemisfério. Nesta terça, ele está em Trinidad e Tobago, onde aproveitou para se reunir com líderes de todo o Caribe.

No Brasil, ele visitará na quarta-feira uma unidade da Petrobras no Rio de Janeiro. A Casa Branca informou que o vice-presidente discutirá a cooperação no campo energético com autoridades e dirigentes da petroleira brasileira. Também estão agendados uma palestra de Biden em um evento para o público e encontros com as autoridades locais para tratar de segurança e inclusão social.

Ao iG em 2011: ‘Pragmatismo de Dilma é essencial para EUA', diz embaixador dos EUA

Já em Brasília, ele será recebido pela presidente Dilma e seu vice, Michel Temer, para, nas palavras do funcionário da Casa Branca, "discutir assuntos globais" e "a arquitetura da parceria que construímos juntos nos últimos quatro anos".

Embora vagas, as palavras evocam o diálogo político de alto nível que os dois países têm travado em consultas sobre temas que incluem desde a agenda bilateral à guerra civil na Síria. Trata-se de um sinal, aponta a Casa Branca, da posição privilegiada do Brasil no esforço do governo do presidente Obama para melhorar as relações com a América Latina e o Caribe no seu segundo mandato.

Obama fez no mês passado uma viagem a México e Costa Rica e receberá, nas próximas duas semanas, seus colegas do Chile e Peru em visitas de trabalho. Mas uma das poucas visitas de Estado que a Casa Branca agenda por ano foi reservada para a presidente Dilma, que irá a Washington em outubro.

"Do nosso ponto de vista, já alcançamos muito com o Brasil, mas achamos que podemos fazer muito mais", disse o funcionário da Casa Branca.

'Clube de potências'

Mark Kennedy, ex-deputado, ex-conselheiro para Comércio nos governos de Obama e Bush e diretor da Escola de Política Aplicada da Universidade George Washington, acredita que a visita de Biden será um "convite" do governo americano para que o Brasil se veja como uma "potência global engajada em eventos globais".

Mas ele ressalva que os EUA querem ver o Brasil se envolvendo nesses temas não como um ator independente, e sim como participante do "clube de potências globais" em que são discutidos os problemas geopolíticos da atualidade.

Um exemplo dessa tensão ocorreu depois que o Brasil, então governado por Luiz Inácio Lula da Silva, e a Turquia costuraram um acordo com o Irã para tentar solucionar o impasse em relação ao programa nuclear iraniano.

Kennedy - que não fala pelo governo americano, mas expressa uma visão comum em Washington - avalia que o desentendimento em torno do programa iraniano exemplifica o tipo de iniciativa destinada a fracassar nas relações internacionais. Ele diz que o Brasil "botou o carro na frente dos bois, ao achar que era o único ator político, sem passar pela etapa de se juntar ao grupo coeso de países que regularmente se sentam à mesa e resolvem esses temas".

"Ter essa história de independência pode ser positiva para alcançar algumas coisas, mas não é saudável vê-la como algo marginal e sim central, com os grandes atores, não como um outsider", afirma. "O Brasil por muito tempo se viu como um observador dos eventos globais, sentado na lateral e criticando o que outros atores estão fazendo", sustenta o analista. "O convite de Biden é para que o Brasil se sente à mesa e pense no papel que pode assumir de forma construtiva."

Superar a desconfiança

De lá para cá, os dois países recolocaram a sua relação nos eixos, em parte dado o perfil mais discreto do governo Dilma no cenário externo, em parte porque os EUA estiveram "olhando para dentro", nas palavras de Kennedy, desde o início da crise econômica. "Agora, o governo americano percebeu que precisa se envolver mais com seus parceiros cruciais, e o Brasil é um deles", afirma.

Mas, apesar das palavras cordiais que partem de ambos os lados, analistas ouvidos pela BBC Brasil acreditam que os dois países ainda carecem do tipo de sintonia política para criar uma relação bilateral especial.

A isso se somam disputas no campo do comércio e dos subsídios agrícolas e uma "falta generalizada de novas ideias" para refrescar o relacionamento, como costuma descrever o presidente emérito do Interamerican Dialogue, Michael Shifter.

A viagem de Biden, juntamente com a visita de Dilma aos EUA, seria uma tentativa de reverter essa situação. "Não há dúvida de que o governo brasileiro está ampliando mais e mais (a sua influência no mundo) e que a expansão econômica do Brasil, do poder econômico do Brasil, reforça a ideia de que a atuação do Brasil seja vista como uma norma, em vez de uma exceção", diz Kennedy.

Plano Nacional de Educação avança no Senado com alterações

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iG São Paulo

Relatório aprovado nesta terça na Comissão de Assuntos Econômicos muda idade mínima para alfabetização para seis anos. Projeto de lei segue para Comissão de Justiça

Depois de adiamentos seguidos, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (28) o relatório do senador José Pimentel (PT-CE) com a proposta do Plano Nacional de Educação (PNE). O Projeto de Lei Complementar 103/2012 destina 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para políticas educacionais e estabelece uma série de obrigações para serem cumpridas na área nos próximos 10 anos.

Outro projeto: Dilma cobra aprovação de royalties à educação

Polêmica: Senado substitui público por gratuito em novo texto do PNE

Depois de reuniões com vários setores da educação, a proposta aprovada nesta terça trouxe novidades. Uma delas é a volta da meta intermediária – aprovada na Câmara – que estabelece que 7% do PIB sejam investidos em educação. Pelo texto do Senado, essa exigência seria feita a partir do quinto ano de vigência do plano e a obrigação de 10% só seria exigida a partir do décimo ano.

Outra mudança proposta pelo relator diz respeito à universalização da alfabetização de crianças. Inicialmente, o governo propôs a idade máxima de oito anos. Na Câmara dos Deputados, o critério foi mudado para até o fim do terceiro ano do ensino fundamental. Agora, José Pimentel propõe etapas: aos oito anos de idade e até o terceiro do ensino fundamental na primeira metade da vigência do plano; aos sete anos, no período compreendido entre o sexto e o nono anos de execução do plano; e ao fim dos seis anos de idade, no décimo ano de vigência do PNE.

O relator também decidiu retirar a exigência de laudo médico para atendimento educacional complementar de crianças com deficiência, transtornos de desenvolvimento, altas habilidades ou super dotação. Nesse caso, Pimentel foi convencido de que essa avaliação deve ser feita por profissionais de educação.

Recursos: Royalties do petróleo seriam insuficientes para Educação

Além de vincular à educação os royalties do regime de partilha e os de concessão a partir de dezembro de 2012, o texto do relatório também especifica quais ações o governo federal vai financiar com os recursos, na rede de educação nacional e internacional. A definição abrange programas como Ciências sem Fronteiras, Universidade para Todos (Prouni) e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), além de instituições filantrópicas.

Ao todo, o PNE tem mais de 200 estratégias e 20 metas audaciosas (veja abaixo). Como antes de ser votado em plenário o texto ainda precisa passar pelas Comissões de Constituição e Justiça e de Educação do Senado, a expectativa é que vários pontos da proposta sofram alterações. Para Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação – rede que reúne mais de 200 entidades –, alguns pontos avançaram, mas o debate vai continuar.

Iniciativa: Pernambuco destinará 100% dos lucros do pré-sal do estado para a educação

A avaliação do movimento é de que a grande perda da proposta, até agora, diz respeito à não inclusão da implementação do Custo Aluno-Qualidade Inicial no PNE. Os defensores do instrumento consideram que ele é fundamental como referência para o financiamento da educação e para alterar formas de financiamento da educação no Brasil. O MEC tem dúvidas em relação ao instrumento naquilo que se refere à responsabilidade de transferência de recursos da União para Estados e municípios.

Sobre a possibilidade de inclusão do mecanismo no texto, o senador José Pimentel foi taxativo. “Se nos fizermos isso na lei geral, nós não teremos as contribuições [sobre o mecanismo] estadual, municipal e federal que vão ser feitas nas conferências de educação que vão acontecer até o fim do ano”, justificou.

Com o apoio do Ministério da Educação, a coordenação da campanha pretende resgatar o texto que estabelece que em dez anos, todas as crianças até 8 anos de idade, ou que estejam no terceiro ano do ensino fundamental, saibam ler e escrever.

"O Senado reduziu [essa meta] para 6 anos e pedagogicamente, em termos de desenvolvimento de políticas de educação, isso é muito ruim”, avaliou, Daniel Cara.

O PNE foi enviado pelo governo federal ao Congresso em 15 de dezembro de 2010 e só foi aprovado pela Câmara dos Deputados quase dois anos depois, em outubro de 2012, após ter recebido cerca de três mil emendas.

Conheça as 20 metas do PNE, com mudanças de redação aprovadas pela CAE:

Meta 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de quatro a cinco anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% das crianças de até três anos até o final da vigência deste PNE.

Meta 2: universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda a população de seis a 14 anos e garantir que pelo menos 95% dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.

Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%.

Meta 4: universalizar, para a população de quatro a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.

Meta 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até os oito anos de idade, durante os primeiros cinco anos de vigência do plano; no máximo, até os sete anos de idade, do sexto ao nono ano de vigência do plano; e até o final dos seis anos de idade, a partir do décimo ano de vigência do plano.

Meta 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos alunos da educação básica.

Meta 7: fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb:

Ideb2015201720192021
Anos iniciais do ensino fundamental5,25,55,76,0
Anos finais do ensino fundamental4,75,05,25,5
Ensino médio4,34,75,05,2


Meta 8: elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, de modo a alcançar no mínimo 12 anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE.)

Meta 9: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.

Meta 10: oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos, na forma integrada à educação profissional, nos ensinos fundamental e médio.

Meta 11: triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% de gratuidade na expansão de vagas.

Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.

Meta 13: Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75%, sendo, do total, no mínimo, 35% de doutores.

Meta 14: elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores.

Meta 15: garantir, em regime de colaboração entre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, no prazo de um ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do art. 61 da Lei nº 9.394/1996, assegurando-lhes a devida formação inicial, nos termos da legislação, e formação continuada em nível superior de graduação e pós-graduação, gratuita e na respectiva área de atuação.

Meta 16: formar, até o último ano de vigência deste PNE, 50% dos professores que atuam na educação básica em curso de pós-graduação stricto ou lato sensu em sua área de atuação, e garantir que os profissionais da educação básica tenham acesso à formação continuada, considerando as necessidades e contextos dos vários sistemas de ensino.

Meta 17: valorizar os profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE.

Meta 18: assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

Meta 19: garantir, em leis específicas aprovadas no âmbito da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a efetivação da gestão democrática na educação básica e superior pública, informada pela prevalência de decisões colegiadas nos órgãos dos sistemas de ensino e nas instituições de educação, e forma de acesso às funções de direção que conjuguem mérito e desempenho à participação das comunidades escolar e acadêmica, observada a autonomia federativa e das universidades.

Meta 20: ampliar o investimento público em educação de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do País no quinto ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB no final do decênio.

*Com Agência Brasil e Agência Senado


Herbie Hancock fará três shows no Brasil em agosto

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iG São Paulo

Pianista de jazz vai se apresentar em São Paulo, no Rio de Janeiro e no festival Mimo, em Paraty

O pianista e compositor Herbie Hancock fará três apresentações no Brasil em agosto. O norte-americano de 73 anos vai se apresentar em São Paulo (Credicard Hall; 22 de agosto), no Rio de Janeiro (Citibank Hall; 24 de agosto) e em Paraty (festival Mimo).

Para o show paulistano, os ingressos custam entre R$ 60 (plateia superior com visão parcial) e R$ 450 (camarote 1). Haverá pré-venda exclusiva para clientes dos cartões Citi, Credicard e Diners entre 5 e 11 de junho. O público em geral poderá comprar a partir de 12 de junho. As entradas serão vendidas por meio do site www.ticketsforfun.com.br, pelo telefone 4003-5588 e em pontos-de-venda.

Para a apresentação no Rio, os ingressos custam entre R$ 140 (mesa lateral) e R$ 400 (camarote e mesa VIP). Haverá pré-venda exclusiva para clientes dos cartões Citi, Credicard e Diners entre 5 e 11 de junho. O público em geral poderá comprar a partir de 12 de junho. As entradas serão vendidas por meio do site www.ticketsforfun.com.br, pelo telefone 4003-5588 e em pontos-de-venda.

Herbie Hancock é uma lenda viva do jazz e do blues, com 14 Grammys e um Oscar em cinco décadas de carreira, e várias de suas músicas atingiram o status de clássicos.

Nascido em Chicago, o pianista e compositor ganhou fama na década de 1960, tocando com o trompetista Miles Davis no seu "segundo grande quinteto". Ele também é responsável por sucessos como "Watermelon Man", "Chameleon" e "Cantaloupe Island".

Já visitou o Brasil várias vezes e fez parcerias com nomes como Céu e Milton Nascimento.

Justiça nega denúncia contra invasores de reitoria da USP

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Agência Estado

Ministério Público ainda pode recorrer à segunda instância contra grupo de 72 estudantes

Agência Estado

A Justiça rejeitou a denúncia contra as 72 pessoas – entre elas, cerca de 50 alunos da Universidade de São Paulo (USP) – por formação de quadrilha, posse de explosivos, dano ao patrimônio público, desobediência e pichação. A denúncia havia sido oferecida pela promotora Eliana Passarelli após a ocupação do prédio da reitoria da universidade em novembro de 2011.

Processo na USP: Denunciados por formação de quadrilha foram absolvidos

A decisão foi do juiz Antonio Carlos de Campos Machado Junior, da 19º Vara Criminal do Fórum da Barra Funda. O grupo ocupou o prédio por oito dias, em protesto contra a presença da polícia no campus e foi detido depois de a Polícia Militar cumprir reintegração de posse. Eles foram liberados no mesmo dia após pagarem fiança

Após a prisão: Por dentro do ônibus onde estão detidos alunos da USP

O magistrado afirmou que, conforme descrição da Promotoria, o protesto realizado pelos alunos da USP, "longe de representar um legítimo direito de expressão ou contestação, descambou para excessos, constrangimento, atos de vandalismo e quebra de legalidade". Entretanto, argumentou que não poderia receber a denúncia pois os atos não estão devidamente individualizados – ou seja, a promotora não identificou qual foi a pessoa responsável por cada uma das ações consideradas criminosas.

"Rotular a todos, sem distinção, como agentes ou copartícipes que concorreram para eclosão dos lamentáveis eventos, sem que se indique o que, individualmente, fizeram, é temerário, injusto e afronta aos princípios jurídicos que norteiam o direito penal, inclusive o que veda a responsabilização objetiva", escreveu o magistrado.

"Prova maior do exagero e sanha punitiva", continuou, "é a imputação do crime de quadrilha, como se os setenta estudantes em questão tivessem se associado, de maneira estável e permanente, para praticarem crimes, quando à evidência sua reunião foi ocasional, informal e pontual, em um contexto crítico bem definido."

O Ministério Público ainda pode recorrer à segunda instância.

Cursos técnicos vão estimular empreendedorismo

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Agência Brasil

Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Profissionalizante (Pronatec) vai incluir disciplina em 15 cursos a partir do segundo semestre

A partir do segundo semestre, cursos do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Profissionalizante (Pronatec) passam a ter conteúdos para estimular o empreendedorismo. Inicialmente, a disciplina vai chegar a 15 cursos de educação profissional que abordarão temas como plano de vida e carreira e atitude empreendedora. A expectativa é ter 1,3 milhão de alunos com acesso aos conteúdos, em 2014, e 5 mil professores capacitados.

As ações do Pronatec Empreendedor foram apresentadas na terça-feira (27) pelo Ministério da Educação e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A intenção é formar profissionais com habilidade para criar negócios inovadores e desenvolver competências para o mercado de trabalho.

Na avaliação do presidente do Sebrae, Luiz Barreto, inserir o empreendedorismo no Pronatec é um passo importante, mas é preciso incentivar o estudante cada vez mais cedo. “O Brasil precisa criar uma cultura empreendedora desde o ensino fundamental, passando pelo médio e chegado ao universitário”, disse.

A disciplina empreendedorismo terá carga horária de até 52 horas e contará com materiais como cartilhas e vídeos, de acordo com informações do Sebrae. A capacitação dos professores será a distância, por meio da internet, e oferecerá especialização em educação empreendedora. As instituições de ensino vão receber um kit com material sobre o tema.

Durante discurso, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, citou o ensino técnico e a inovação como itens fundamentais para o desenvolvimento do país. “É preciso impulsionar as cadeias produtivas para gerar mais valor agregado, produzir com mais qualidade, reduzir custos e ter inovação em processos e produtos para o Brasil ganhar competitividade. Nada disso acontece se não priorizarmos a educação.”

Cuba oferecerá acesso público à internet em mais de cem pontos na ilha

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iG São Paulo

Até agora, web era limitada a hotéis, empresas estrangeiras e alguns setores de negócios e do governo cubanos. A partir do dia 4, população terá de pagar US$ 4,5 por hora de acesso

Cuba começará a oferecer acesso público à internet no próximo mês por meio de 118 pontos pagos em todo o país, de acordo com um decreto no diário oficial do governo nesta terça-feira, em medida muito aguardada pelos cubanos.

Especial de 2010: Blogueira de Cuba ensina o ativismo online sem internet 

Malaletra: Ex-funcionária da 'KGB' de Cuba cria blog e critica regime na web

O governo informou que a internet seria disponibilizada a partir de 4 de junho nos escritórios da Etecsa, o monopólio estatal de telecomunicações, e em outros lugares, o que foi classificado por um blogueiro pró-governo como um primeiro passo para o serviço nas casas.

"Talvez demore um pouco, mas o próximo passo é a conexão dos cubanos em suas casas", disse o blogueiro Yohandry Fontana, que muitas vezes é o primeiro a divulgar informação oficial e opiniões, comentando no Twitter.

Até agora, a internet foi limitada no país a lugares como hotéis que cobram US$ 8 por uma hora de Wi-Fi instável, companhias de operação estrangeira e alguns setores de negócios e do governo cubanos. Contas residenciais são raras e restritas.

Miguel Díaz-Canel: Conheça o ex-professor que pode suceder os irmãos Castro em Cuba

Saiba mais: Veja o especial do iG sobre Cuba

O decreto deixou claro que o novo acesso à internet será acompanhado de perto, advertindo os usuários de que não poderiam utilizá-lo para "pôr em perigo ou prejudicar a segurança pública, ou a integridade e a soberania da nação".

A ilha comunista afirma que 2,6 milhões de cubanos, de uma população de 11,2 milhões, têm acesso à Internet, mas até agora a maioria só conseguiu explorar uma "intranet" limitada e controlada pelo Estado com uma lista de sites aprovados.

Fevereiro: Blogueira Yoani cobra posição do Brasil sobre direitos humanos em Cuba

Apesar da previsão de um acesso maior à internet pelos cubanos, ainda assim vai ser muito caro para a maioria deles, o equivalente a US$ 4,5 por hora num país onde os salários médios mensais são de US$ 20.

Cuba foi conectada a um cabo de comunicação de fibra óptica da aliada Venezuela em 2011, que o governo vem testando nos últimos meses, mas ainda não colocou em uso em grande escala. A ilha vinha recebendo a sua internet por meio de um link lento e caro por satélite.

*Com Reuters e AP

Metade dos participantes da prova da OAB passam à segunda fase

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iG São Paulo

Veja a lista dos aprovados na prova objetiva do 10º Exame de Ordem. Segunda etapa ocorre em 16 de junho

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou nesta terça-feira (28) o resultado definitivo da primeira fase (prova objetiva) do 10º Exame de Ordem Unificado, incluindo os resultados dos recursos interpostos. Nenhuma questão foi anulada. Dos 124.887 candidatos inscritos, 67.441 obtiveram êxito, perfazendo 54% de aprovação nesta etapa.

Veja a lista de aprovados

No último Exame de Ordem, foram aprovados na primeira fase apenas 16,67% dos presentes e ao final da segunda etapa, só 10,6% dos candidatos receberam a carteira da OAB, o pior índice de aprovação desde que a prova passou a ser aplicada no formato unificado, em 2010.

A prova prático-profissional ou etapa subjetiva – para a qual só se submeterá o candidato que foi aprovado nesta primeira fase – será realizada no dia 16 de junho deste ano. Nesta fase, conforme prevê o edital, os candidatos terão que responder a quatro questões (valendo 1,25 pontos cada) sob a forma de situações-problema e redigir uma peça profissional na área jurídica de escolha do candidato valendo cinco pontos.

Último exame: USP de Ribeirão Preto tem maior índice de aprovação

O Exame de Ordem pode ser prestado por bacharel em Direito, ainda que pendente apenas a sua colação de grau, formado em instituição regularmente credenciada. Podem realizá-lo os estudantes de Direito do último ano do curso de graduação ou do nono e décimo semestres. A aprovação é requisito necessário para a inscrição nos quadros da OAB como advogado.

Mortes por dengue já somam 28 no Rio de Janeiro

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Agência Brasil

Foram notificados 178.765 casos suspeitos da doença, de janeiro deste ano até o último sábado (25). No mesmo período em 2012, foram 145. 078 casos, com 34 mortes

Subiu para 28 o número de mortes provocadas pela dengue no estado do Rio de Janeiro, das quais a maioria (12) foi registrada na capital. De acordo com números divulgados esta tarde (28) pela Secretaria Estadual de Saúde, foram notificados 178.765 casos suspeitos da doença, de janeiro deste ano até o último sábado. Em igual período do ano passado, foram notificados 145. 078 casos suspeitos, com 34 mortes.

Número de casos de dengue cresce quase três vezes, mas mortes caem 20%

Durante todo o ano de 2012, foram notificados 184.123 casos suspeitos de dengue no estado, com 42 óbitos. Na comparação com 2011, houve aumento de 9,34% nos registros da doença, mas, em contrapartida, a quantidade de mortes apresentou queda de 70%, destacou a secretaria. Em 2011, o número de casos suspeitos de dengue chegou a 168.242, enquanto o total de mortes alcançou 142, em todo o estado.

Leia também: Mosquito da dengue criou resistência a repelente, diz pesquisa

A secretaria alerta a população para a necessidade de todos se engajarem na luta contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, por meio da campanha "10 minutos contra a dengue". A iniciativa objetiva incentivar a população a investir dez minutos por semana para eliminar possíveis criadouros em suas casas. De acordo com o órgão, o ambiente doméstico concentra 80% dos focos do mosquito transmissor da doença.

Sem solução para impasse, boliviano completa um ano em embaixada brasileira

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BBC

Evo nega salvo-conduto alegando que opositor tem de responder à Justiça. Senador brasileiro acusa Bolívia de tentar usar corintianos presos em Oruro como moeda de troca

BBC

O senador boliviano Roger Pinto é descrito como um homem de família. Mas, em seu álbum de fotos do ano passado, apenas Denise, uma de suas três filhas, aparece e o cenário no fundo é sempre o mesmo: um quarto em um edifício central na capital da Bolívia, La Paz, onde está confinado.

Há um ano: Senador opositor boliviano pede asilo político ao Brasil

O edifício é o da embaixada brasileira, onde o parlamentar da província de Pando, região amazônica da Bolívia, refugiou-se em 28 de maio de 2012, dias antes de receber asilo político pelo governo de Dilma Rousseff.

8 de junho: Brasil concede asilo a senador boliviano

Desatino: Bolívia critica asilo político concedido por Brasil a opositor

Ele não saiu de lá nos últimos 365 dias. O caso do senador, de oposição ao presidente Evo Morales, tem semelhanças com o de Julian Assange, fundador do WikiLeaks abrigado na embaixada do Equador em Londres.

Pinto não pode sair da Bolívia, já que Morales lhe negou um salvo-conduto, alegando que o senador tem vários processos judiciais pendentes nos quais é acusado de corrupção.

Julho: Bolívia denuncia 'pressão' do Brasil por salvo-conduto de senador opositor

Assim como Assange, que está na embaixada equatoriana desde junho de 2012, Pinto corre o risco de ser preso se deixar a representação diplomática. No entanto, a solução para o impasse não parece próxima. E o episódio envolvendo 12 torcedores corinthianos presos na Bolívia pode complicar ainda mais seu caso.

'Ar fresco'

"Meu pai está em um espaço de 20 m², com uma cama, uma escrivaninha, uma TV, um frigobar e uma mesa. Não tem um banheiro (próprio), tem de andar um pouco para usar o banheiro comum", reclama Denise Pinto em entrevista à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.

"Acho que até os detentos de uma penitenciária têm a possibilidade de conversar com outras pessoas, de tomar ar fresco, de ter sol, de poder se mover em um lugar amplo. Meu pai não tem nada disso."

A princípio, o senador pôde receber companheiros e amigos. Mas, em março, o governo brasileiro restringiu as visitas, alegando que precisava se ajustar a convenções internacionais. Agora, só sua filha e seu advogado podem entrar no quarto de Pinto. Apesar dos problemas, Denise afirma que seu pai está bem física e psicologicamente.

'Perseguido político'

Roger Pinto pediu refúgio alegando "perseguição política" - temia ser detido por algum dos mais de 20 processos que o governo boliviano move contra ele. Segundo sua filha, o senador teve a opção de cruzar a fronteira com o Brasil e pedir asilo no país vizinho, mas preferiu "que o país dissesse que ele é perseguido político".

Já o governo boliviano alega que Pinto deve responder à Justiça e lembra que, apesar do asilo dado pelo Brasil, não é obrigado a conceder um salvo-conduto ao senador. "Não podemos obstruir as investigações feitas pela Justiça, as normas não permitem que a Bolívia conceda um salvo-conduto", disse o chanceler boliviano, David Choquehuanca, à agência estatal de notícias do país, ABI.

Nesta semana, Pinto fez um apelo ao Supremo Tribunal Federal brasileiro para que o órgão pressione a presidente Dilma a buscar uma solução ao problema, seja um acordo com a Bolívia ou alguma forma que o permita sair do país, como uma autorização diplomática. A BBC Mundo entrou em contato com vários membros do gabinete boliviano, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.

Vácuo jurídico

Mas até quando a situação atual poderá se prolongar? "A Constituição (boliviana) dá direito ao asilo para qualquer cidadão perseguido politicamente. Mas há um vácuo jurídico que é o salvo-conduto", diz o advogado constitucionalista William Bascopé. "Não há normas ou tratados que falem de maneira clara sobre o tema."

Para Bascopé, apesar de ser uma questão jurídica, o caso ganhou contornos políticos e, por isso, terá de ser tratado pela via diplomática. Sendo assim, para Pinto não restam muitas opções senão esperar. "Como 2014 é um ano eleitoral, vai ser muito difícil que o Estado boliviano lhe conceda um salvo-conduto", opina.

50 perguntas: Em Consulado, menor reafirma ser autor do disparo fatal em Oruro

A questão diplomática foi complicada por outro fator: a prisão preventiva dos 12 torcedores corinthianos em Oruro, suspeitos de participação na morte de um jovem boliviano atingido por um sinalizador durante uma partida em fevereiro.

'Moeda de troca'

O chanceler brasileiro, Antonio Patriota, negou relação entre os dois casos e insistiu na "vontade negociadora e no diálogo" de seu governo. No entanto, o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado brasileiro, Ricardo Ferraço, disse, após visita à Bolívia, que a prisão dos corinthianos - que já dura mais de 90 dias - é consequência do asilo dado a Pinto.

"A conclusão a que chegamos, depois da viagem, é que os 12 brasileiros estão sendo usados como moeda de troca, pelo fato de o Brasil ter concedido asilo político a um senador de oposição", disse Ferraço em sessão parlamentar.

Denise Pinto também diz acreditar na correlação entre os dois casos e acha que seu pai será deixado na embaixada "em uma guerra psicológica" até que "se canse".


Justiça dá prazo para que Funai convença índios a saírem de obra em Belo Monte

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Agência Brasil

Caso indígenas continuem no local onde será construído usina hidrelétrica, reintegração de posse será expedida. Nativos querem paralisação até processo de consulta prévia

A pedido da Norte Energia, a Justiça Federal concedeu um prazo de 24 horas para que a Fundação Nacional do Índio (Funai) providencie a saída pacífica e voluntária do grupo de índios munduruku que, desde a madrugada de segunda-feira (27), ocupa um dos três canteiros de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará.

Imagens aéreas: Veja o impacto das obras de Belo Monte no Pará

Caso os índios não deixem o local até o fim do prazo, o juiz autorizou que um mandado de reintegração de posse seja expedido e que um oficial de Justiça tome as medidas necessárias para que a área seja devolvida à empresa, empregando, se necessário, a força policial, mas “observando as cautelas e garantias legais e constitucionais”. A decisão prevê multa diária de R$ 50 mil, a serem pagos pelos participantes da ocupação e pela Funai, em caso de descumprimento da decisão.

Após analisar a petição protocolada pela Norte Energia, o juiz federal Sérgio Wolney de Oliveira Guedes, da subseção judiciária de Altamira (PA), também determina que a União seja intimada a adotar as medidas possíveis e necessárias para obter, no mesmo prazo de 24 horas, uma desocupação pacífica e voluntária que evite o uso da força policial.

Leia também:
Indígenas mantêm ocupação no canteiro de obras de Belo Monte
Justiça nega reintegração de posse de obra ocupada por índios

O magistrado também determinou que a Polícia Federal (PF) apure a possível participação de não índios, inclusive de membros de organizações, e se a ocupação configura um crime, pois, no início do mês, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) já havia concedido uma liminar de reintegração de posse que pôs fim a uma ocupação de oito dias no mesmo canteiro de obras.

As duas ocupações este mês fazem parte de uma série de manifestações indígenas e trabalhistas que, desde o início das obras de construção da usina, em junho de 2011, provocaram um total de 92 dias de serviços paralisados, de acordo com o Consórcio Construtor Belo Monte.

Embora não tenham apresentado reivindicações à Norte Energia ou ao Consórcio Construtor Belo Monte, os índios mundurukus disseram, nas duas ocupações deste mês, que querem a suspensão de todos os empreendimentos hidrelétricos na Amazônia até que o processo de consulta prévia aos povos tradicionais, previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), seja regulamentado.

Aprovado pelo Congresso Nacional em 20 de junho de 2002, na forma do Decreto 143 e promulgada pela Presidência da República em 19 de abril de 2004, a Convenção 169 estabelece, entre outras medidas, que os povos indígenas e os que são regidos, total ou parcialmente, por seus próprios costumes e tradições ou por legislação especial, sejam consultados sempre que medidas legislativas ou administrativas afetarem seus interesses.

Procurada, a Funai informou que recebeu a notificação da Justiça e encaminhou para o local o procurador-chefe da Procuradoria Federal Especializada. Junto com representantes do órgão em Altamira, o procurador-chefe vai tentar uma negociação pacífica para o caso.

Oposição perde espaço com mudanças em canal de TV na Venezuela

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BBC

Emissora anteriormente opositora, Globovisión vem se adaptando à diretriz estabelecida pelos novos proprietários, que assumiram seu controle na semana passada

BBC

O fim de um programa de TV que tratava de temas espinhosos para o governo da Venezuela, transmitido pelo canal Globovisión, representou mais um sinal da crescente falta de espaço disponível à oposição do país na imprensa para criticar as autoridades.

Em 2011: Venezuela multa emissora por linha editorial em cobertura jornalística

Cenário: Com agendas opostas, TVs 'alimentam' tensão na Venezuela

A emissora venezuelana era considerada um dos últimos refúgios das vozes críticas à chamada Revolução Bolivariana. No entanto, o canal vem se adaptando à diretriz estabelecida pelos novos proprietários, que assumiram o controle da Globovisión na semana passada.

Um dos principais reflexos dessa nova linha editorial foi a decisão de retirar da programação na segunda-feira o conhecido programa Buenas Noches, do jornalista Francisco "Kico" Bautista - considerado um dos maiores críticos do governo venezuelano.

A oposição acredita agora que outros programas podem ser cancelados e jornalistas considerados opositores do regime, demitidos. A mudança na programação vem causando um debate intenso nas redes sociais.

Sob a hashtag #GlobovisionYaNoTeVeoMas, uma campanha no Twitter organizada por insatisfeitos com os rumos do canal levou a conta da Globovisión no site a perder entre 200 mil e 300 mil seguidores em pouco mais de 72 horas, segundo um levantamento de especialistas da área.

Escassez: Crise ameaça deixar Igreja sem vinho e hóstia na Venezuela

O episódio coincidiu com o aniversário de seis anos do fim das transmissões daquela que era considerada a emissora de TV mais antiga e de maior audiência da Venezuela: a Radio Caracas Televisión (RCTV), o que já havia limitado a capacidade da oposição de se comunicar com os venezuelanos.

Restrição ao vivo

Os primeiros indícios de uma possível mudança na linha editorial da Globovisión começaram a aparecer na semana passada, quando, atipicamente, a emissora não veiculou reportagens sobre a presença do ex-candidato à presidência e atual governador do Estado de Miranda, o opositor Henrique Capriles, em eventos públicos nas últimas quinta e sexta-feiras.

Dia 2: Capriles contesta na Suprema Corte eleição presidencial da Venezuela

Capriles - que perdeu as eleições em abril por uma margem de votos de 1,5 ponto percentual para o atual presidente Nicolás Maduro - reclamou em sua conta do Twitter, dizendo que havia sido informado de que "a nova direção (do canal) ordenou" que não aparecesse mais ao vivo e questionasse o grupo de investidores que comprou o canal de seu fundador, Guillermo Zuloaga.

Na segunda-feira, "Kico" Bautista deixou o canal. Segundo informações de bastidores, ele teria sido demitido depois que apresentou, em seu programa veiculado na sexta-feira, um resumo do que ocorreu em um dos eventos do qual Capriles participou.

Em entrevista à BBC Mundo, Bautista afirmou ter sido desligado após "contrariar a política editorial" da Globovisión. "A nova diretriz proibiu que os políticos, do governo e oposição, apareçam discursando ao vivo, contrariando uma das principais características da Globovisión, que era o imediatismo das notícias, ou seja, cobrir os eventos enquanto eles aconteciam", disse Bautista, para quem não faz sentido a nova estratégia do canal.

'Outra tarefa'

A nova direção da Globovisión anunciou uma linha editorial "de centro" e, na semana passada, reuniu-se com o presidente Maduro no palácio de Miraflores - a primeira vez em muitos anos que representantes do canal estiveram na sede do governo venezuelano.

No Brasil: Maduro chama Lula de ‘pai’ e pede ajuda para ‘revolução agrícola’ na Venezuela

Na saída, em conversa com jornalistas, o novo presidente do canal, Juan Domingo Cordero, assegurou que a Globovisión "continuará sendo um canal de notícias (...) transmitindo os fatos, dizendo a verdade". "Vocês sabem as razões pelas quais a Globovisión não era bem-vinda neste palácio, isso não vai acontecer de novo", acrescentou.

Entre as novas estratégias da emissora estaria a de abandonar a linha persistente de oposição e dar voz às autoridades. Em um comunicado, a direção garantiu que "não vetou nenhum funcionário ou dirigente político em suas grades. Pelo contrário, a política editorial do canal consiste em obter informação e opinião de todas as vozes do país, sem qualquer discriminação".

Reportagens veiculadas na imprensa venezuelana sugerem que os novos proprietários da Globovisión teriam vínculos com figuras do governo e indicam que por trás da aquisição do canal houve uma coordenação para calar a voz da oposição.

No entanto, fontes internas do canal, que pediram anonimato, disseram à BBC Mundo que "não existe vínculo direto nem evidente" entre Cordero ou seu sócio Raúl Gorrín com o partido de Maduro.

A BBC Mundo tentou contatar os novos representantes da emissora, mas não obteve respostas até o fechamento desta reportagem.

'Caminho do confronto'

Muitos afirmam que as mudanças na Globovisión desequilibram ainda mais a oferta de informações na televisão venezuelana e lembram que o Estado já tem à sua disposição (embora com baixa audiência, segundo as pesquisas) seis canais de sinal aberto que usa para divulgar suas mensagens sem dar espaço às vozes da oposição.

Após gravação: Promotoria abre investigação sobre suposta corrupção na Venezuela

Além disso, o governo obriga quase que diariamente as grandes emissoras a transmitir pronunciamentos públicos ou mensagens oficiais. "O governo estava muito preocupado com as coletivas concedidas por Henrique Capriles. Cada vez que ele emitia um pronunciamento, as TVs interrompiam a sua programação ao vivo para veiculá-lo", disse à BBC Mundo Carlos Correa, diretor do Espacio Público, uma organização não governamental que promove a defesa da liberdade de expressão na Venezuela.

Correa acredita que a primeira consequência das mudanças na Globovisión é a perda na diversidade da informação transmitida ao público. "Isso significa que na Venezuela não há outro canal com a mesma intensidade e qualidade oferecida pela Globovisión. Temos a Venevisión e Televen que são canais (privados) generalistas com pouco equilíbrio e espaço para a opinião" contra seis públicos que, segundo Correa, "divulgam propaganda."

Para especialistas, independentemente da guinada no estilo do canal, a mudança na linha editorial da Globovisión causa um impacto político e social. Jesus Torrealba, apresentador da Globovisión, destaca que, de acordo com os resultados da última eleição presidencial, a oposição representa quase metade do país.

Segundo ele, os eleitores de Capriles ainda não reconheram a vitória de Maduro e estão aguardando uma decisão sobre a impugnação apresentada por Capriles no Supremo Tribunal Federal da Venezuela. "Fechar a válvula de escape que representa a insatisfação e a discordância, como é a natureza crítica da Globovisión, é mais um passo no caminho do confronto", disse.

Grupo protesta contra aumento da passagem de ônibus em São Paulo

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Agência Estado

Usando roupas pretas e correntes, cerca de dez pessoas levantaram uma faixa reclamando do reajuste na tarifa, que passará a valer R$ 3,20 a partir do dia 2 de junho na capital paulista

Agência Estado

Um grupo formado por cerca de 10 pessoas aproveitou a presença do prefeito Fernando Haddad (PT) em um evento de adesão à Política Nacional para a População em Situação de Rua em uma unidade do Senai, no Brás, região central de São Paulo, para protestar contra o aumento da passagem de ônibus na tarde desta terça-feira (28).

Usando roupas pretas e correntes, integrantes do grupo levantaram uma faixa reclamando do reajuste na passagem, que passará a valer R$ 3,20 a partir do dia 2 e gritaram: "Haddad mercenário o 'busão' tá muito caro." A manifestação interrompeu o discurso do secretário municipal de Direitos Humanos, Rogério Sottili.

Leia também:
Tarifas de ônibus, trem e Metrô vão subir para R$ 3,20 em São Paulo em junho
Protesto contra aumento da passagem acaba em confusão em Porto Alegre

A plateia, formada por cerca de 200 moradores de rua, reclamou do protesto e pediu para os jovens pararem. Um dos coordenadores do Movimento de População de Rua, Anderson Miranda, pegou o microfone e pediu a palavra: "Esse é um ato da população de rua. A gente respeita a questão do transporte, então pede respeito. Então, por gentileza, sentem ou se retirem."

Na sequência a plateia bateu palmas, levantou-se e começou a pedir a saída dos jovens aos gritos. Dois guardas civis municipais e alguns seguranças acompanharam a saída dos manifestantes. O padre Julio Lancelotti passou a escoltar os jovens. Ele acusou os seguranças de serem truculentos.

Ninguém foi agredido. Integrantes do grupo disseram que são anarquistas, punks e estudantes. Eles negaram ser ligados ao Movimento do Passe Livre, que chegou a fazer protestos após o último aumento da passagem, em 2011.

Secretário antecipa reunião com categoria após outro dentista ser queimado vivo

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Agência Brasil

Alexandre Peçanha Gaddy, de 41 anos, foi atacado por duas pessoas encapuzadas em São José. Ele sofreu queimaduras em 75% do corpo e foi internado em estado grave

Agência Brasil

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) antecipou para esta quarta-feira (28), às 11h, a audiência, marcada para o próximo dia 6, com os dentistas do estado que pedem mais segurança. Segundo a SSP, o secretário, Fernando Grella, atendeu ao pedido feito por representantes da categoria após mais um dentista ser queimado vivo por criminosos.

Leia também: Ladrões ateiam fogo em dentista após assalto em São José

Alexandre Peçanha Gaddy, de 41 anos, foi atacado por duas pessoas encapuzadas, por volta das 21h de ontem, na Rua Periquitos, Vila Tatetuba, em São José dos Campos. O dentista sofreu queimaduras em 75% do corpo e foi internado em estado grave no hospital municipal da cidade. O crime foi cometido um mês e dois dias após a também dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza ter morrido queimada por ladrões dentro de seu consultório, em São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista. A polícia concluiu o inquérito e pediu a prisão de acusados.

Entenda o caso:
Após roubo, assaltantes colocam fogo e matam dentista em São Bernardo
Polícia conclui inquérito sobre morte de dentista e pede a prisão de acusados

O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp) publicou nota em que manifestou indignação. “Essa tragédia reforça a necessidade de um profundo debate sobre a questão da segurança no estado de São Paulo e no Brasil. É, aliás, um retrato da falta de segurança que ronda o dia a dia dos profissionais de odontologia e dos cidadãos de São Paulo”, diz o comunicado, que também pediu a antecipação do encontro com Grella.

Governo reconhece derrota em MPs

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iG São Paulo

Ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, informou, no entanto, que a redução na conta de luz está garantida e que o governo vai se esforçar para a volta da desoneração

O governo reconheceu nesta terça-feira a derrota sofrida com a decisão do Senado de não votar duas medidas provisórias que estabelecem a redução da tarifa de energia elétrica (MP 605) e a ampliação da desoneração da folha de pagamento para vários setores da economia (MP 601).

As duas MPs, aprovadas nesta terça-feira pela Câmara, vencem na próxima segunda-feira e, se não vorem votadas nas duas Casas perdem a validade. O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, decidiu não iniciar a apreciação das medidas na Casa, para cumprir uma decisão da Mesa Diretora da Casa de não votar matérias que cheguem ao Senado com menos de 7 dias de validade. “Não. Não vou ler nenhuma das duas (MPs)”, informou o senador, por telefone, à secretária-geral da Mesa Diretora da Casa, Cláudia Lyra.

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Enquanto os líderes dos partidos no Senado discutiam a votação das duas medidas provisórias, o líder do governo na Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que é cedo para dizer que o esforço dos parlamentares foi "jogado no lixo". Isso porque o Senado ainda poderia votar pelo menos a MP 605, que permite a transferência de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para o pagamento das usinas térmicas. Na avaliação do líder, seria "um grande ganho" se o Senado votasse pelo menos a MP 605.

Chinaglia revelou que tanto o Palácio do Planalto como os líderes na Câmara "trabalhavam com a garantia" de que, aprovados os textos pelos deputados, eles seriam apreciados no Senado sem problemas. "A informação que eu tenho é que a gente trabalhou com a garantia de que estava tudo certo. Nós trabalhamos aqui, e o governo também, com a convicção que estava tudo resolvido. E não estava. Então faz parte", comentou.

De acordo com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, a redução da tarifa de energia elétrica não corre risco e o governo irá se esforçar para que volte a valer a desoneração da folha de pagamento dos setores beneficiados pela MP 601 o mais rápido possível.

"O governo lamenta muito a não colocação em votação de duas medidas provisórias importantes para a população brasileira, mas também quer deixar claro que não corre risco a redução da tarifa de energia. A população não precisa se preocupar", disse a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, em breve pronunciamento a imprensa na noite desta terça-feira.

A ministra reconheceu a derrota mesmo antes de os líderes governistas tentarem, com a apresentação de uma questão de ordem, votar as medidas no Senado nesta terça-feira. "O governo tem os mecanismos para garantir essa redução da tarifa até encontrar a solução legislativa adequada, assim como também faremos um esforço grande para que as desonerações tributárias previstas na MP 601 possam ter efeito na sequência."

Com Agência Estado e Reuters


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