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Senado da Colômbia rejeita projeto a favor do casamento gay

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Agência Brasil

Proposta de lei recebeu 17 votos a favor e 51 contra; tema provocou manifestações favoráveis e contrárias e um debate acalorado no Congresso em Bogotá

O Senado da Colômbia rejeitou na quarta-feira a proposta de legalização do casamento homossexual. O projeto de lei recebeu 17 votos a favor e 51 contra. Com a decisão, a matéria será arquivada ainda na segunda fase de debates. Para continuar a tramitação, o projeto precisava ser aprovado no Senado, e depois enviado para apreciação da Câmara dos Deputados.

Em discussão desde a semana passada, a liberação do casamento homossexual provocou manifestações favoráveis e contrárias em redes sociais e também em frente ao Senado. O projeto de lei de autoria do senador Armando Benedetti Villaneda causou um "acalorado" debate também entre os senadores.

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No ano passado, a Corte Constitucional do país se negou a decidir sobre uma demanda que pedia a alteração da definição de matrimônio na Constituição - expressa, atualmente, por "união entre homem e mulher". A Justiça transferiu o pedido ao Congresso, para que o Legislativo resolvesse a questão até o próximo mês de junho.

Os senadores das bancadas dos partidos de La U e Conservador foram os que mais votaram contra a iniciativa, enquanto que a maior parte dos votos favoráveis vieram do Partido Liberal e do Polo Democrático (que reúne movimentos de esquerda do país).

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Após o resultado, o senador Benedetti disse que "ficou comprovado que o Congresso do país não serve para nada". "No dia que formos capazes de converter-nos em um Congresso moderno, vanguardista e progressista, poderemos contribuir para o fim da desigualdade e da pobreza na Colômbia".

Entre as vozes contrárias, o senador da bancada conservadora, Roberto Gerlein, foi a mais polêmica. Ele disse que, embora o Estado seja laico, a população representada por ele não é laica e que não votaria favoravelmente a um tipo de união que é contrária aos "seus princípios".

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"Não compartilho, não aplaudo e não desejo o sexo escatológico. Acho que este tipo de sexo é incapaz de gerar vida humana, por ser um sexo que se pratica com fins recreativos (...) Não tem importância, não se justifica e desqualifica o projeto em análise", comentou Gerlein.

Por outro lado, o senador liberal Luis Fernando Velasco defendeu que a lei deveria ser aprovada, porque as recomendações da Igreja devem ser feitas no âmbito das denominações e não servem para toda a sociedade.

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"Aqueles que acreditam que o matrimônio igualitário é ruim, por causa de suas concepções religiosas, devem convencer no púlpito (das igrejas) a seus seguidores para que não o façam. Mas a lei em debate é uma norma positiva que regula a relação de todos os cidadãos e não somente daqueles que seguem a mesma religião", defendeu Velasco.

Com a rejeição da matéria, o assunto só voltará à pauta do Congresso quando outro projeto tramitar por uma das casas legislativas do país.


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