iG São Paulo
Presidente Barack Obama assinou ordem executiva nesta sexta-feira e pediu o fim da crise humanitária na região de DarfourO governo dos Estados Unidos, com o aval do presidente Barack Obama, renovou as sanções aplicadas há 15 anos ao Sudão, reconhecendo que Cartum resolveu suas diferenças com o Sudão do Sul, mas alertando que a crise humanitária em Darfur e outros conflitos no país permanecem sérios obstáculos à normalização dos laços, afirmou o Departamento de Estado nesta sexta-feira.
Veja também: Irã envia navios guerra ao Sudão após suposto bombardeio de Israel
O conflito em curso no sul do Kordofan, no Nilo Azul e em Darfour continuam a ameaçar a estabilidade regional. Segundo o comunicado, essas localidades são palcos agressões aos direitos individuais. O relatório cita também a falta de ajuda humanitária e a crise de alimentos.
Obama assinou a ordem executiva na sexta-feira, que mantém vários conjuntos de sanções que foram impostas desde 1997 e que restringem comércio com os EUA e investimentos no país africano, além de bloquear bens do governo e de alguns funcionários do Sudão.
Centenas de milhares de pessoas fugiram de suas casas desde o início dos confrontos entre forças do governo e rebeldes do Movimento de Libertação Popular do Sudão-Norte se iniciou há mais de um ano.
Irã
Há menos de uma semana, o governo iraniano enviou navios de guerra ao Sudão após um ataque supostamente atribuído a Israel ter destruído uma fábrica de armamentos no país do oeste da África na semana passada. De acordo com a imprensa estatal iraniana, a força naval atracou no Sudão com uma "mensagem de paz e segurança aos países vizinhos".
O Sudão tem sua costa voltada para o mar Vermelho, um importante canal de navegação comercial que interliga a região com o mar Mediterrâneo por meio do canal de Suez. Os navios deixaram o Irã ainda em setembro, rumo a águas internacionais, e o governo os enviou ao Sudão seis dias após explosões terem destruído uma fábrica de armamentos em Cartum, capital sudanesa.
Acredita-se que a fábrica seja operada pela Guarda Revolucionária Iraniana e produza armamentos para o Hamas, movimento radical islâmico que governa a Faixa de Gaza desde 2007.
O país africano fez uma reclamação oficial à Nações Unidas dizendo que as explosões foram causadas por ataques aéreos perpetrados por Israel. O governo israelense não negou nem confirmou as acusações.