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Vitória de candidato republicano depende de bom desempenho em estados com maior peso no Colégio Eleitoral americanoMitt Romney está saboreando uma recente onda de boa energia em torno de sua candidatura, falando com crescente confiança sobre sua capacidade de superar o presidente Barack Obama nos dias finais da corrida.
Ele fala muito menos sobre o seu maior obstáculo: o Colégio Eleitoral.
Uma década depois de dar os primeiros passos em sua busca para chegar à Casa Branca, Romney pode finalmente ver a presidência ao seu alcance, segundo seus assessores. Para muitos republicanos, ele soa mais presidencial do que em qualquer momento de sua campanha, algo que não passou em branco em seu comício na quarta-feira, em Nevada, quando declarou: "Se eu for eleito - não, quando eu for eleito".
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Mas as multidões maiores e o recente otimismo entre seus partidários não minimizam o desafio enfrentado em no amplo cenário eleitoral dos Estados decisivos, onde Romney deve ganhar uma série de disputas individuais em cada Estado, em vez de uma competição nacional. Sua margem de erro é tão pequena, explicou um assessor, que a matemática pode ser mais assustadora do que a política.
"Eu estou otimista, eu estou otimista", disse Romney a apoiadores na noite de quarta em Cedar Rapids, Iowa, repetindo a palavra "otimista". "Não apenas sobre vencer - estamos a caminho da vitória – mas a respeito do futuro da América.".
Se essa confiança é recebida por partidários de Romney, que superam em muito as multidões na maioria dos comícios republicanos há quatro anos a esta altura, o clima é mais reservado em sua sede em Boston, onde a campanha está tentando "não estagnar no momento", nas palavras de um assessor.
A equipe de Romney está consciente de que o novo entusiasmo não abriu nenhum novo caminho para ganhar os 270 votos eleitorais. A campanha continua ciente de que pode precisar fazer uma campanha tardia pela Pensilvânia, disseram seus conselheiros, mas essa ainda é uma opção de última hora.
A maneira mais eficiente de Romney ganhar ainda repousa sobre os 18 votos eleitorais de Ohio, onde chegou na noite de quarta-feira para uma visita de dois dias que vai levá-lo por quase todos os cantos do Estado.
Sua luta para ganhar Ohio - a maior prioridade de ambas as campanhas esta semana - assemelha-se mais a uma disputa para governador do que uma campanha presidencial.
"É um jogo de poucos centímetros em Ohio", disse Scott Jennings, o gerente de campanha de Ohio para Romney. "Estamos lutando por cada centímetro de chão."
Por Jeff Zeleny e Ashley Parker