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Último debate em Salvador é marcado por troca de acusações entre PT e DEM

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João Paulo Gondim

ACM Neto quer usar Facebook para inserir vídeos que desmentem Nelson Pelegrino; Petistaa ressalta importância da harmonia com os governos estadual e federal

No último debate antes do 2º turno das eleições, realizado na noite desta sexta-feira (26) pela Rede Bahia, retransmissora da Rede Globo no Estado, os candidatos a prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM) e Nélson Pelegrino (PT), repetiram o tom dosúltimos encontros: muitas desavenças e poucas propostas.

Criticando a situação da segurança pública no Estado, ACM Neto pediu a seus assessores de comunicação que colocassem na sua página do Facebook um vídeo no qual Pelegrino, em 2009, afirma ter sido o responsável por coordenar a segurança pública no Estado, quando assumiu a pasta de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos.

O demista solicitou ainda que fosse postada também em sua página uma entrevista na qual Pelegrino diz que professores da rede pública estadual foram injustos com o atual governador Jaques Wagner (PT) durante a greve da rede pública que durou 115 dias. "Os professores cantaram para o senhor (Pelegrino): 'você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão'", citando o samba "Vou Festejar", famoso na voz da sambista Beth Carvalho.

O petista contra-atacou o demista afirmando ter sido responsável não pela segurança pública, mas pela implantação do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do governo federal. "Todo mundo sabe quem é o fracassado. Todo mundo sabe que fui um secretário de Justiça muito bem avaliado", retrucou.

Em resposta a citação do demista, Pelegrino lembrou da invasão da PM na Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em maio de 2001, durante a gestão do ex-governador César Borges (PR). O petista citou ainda o canto que os universitários entoavam à época: "polícia é para ladrão, não é para estudante não". Ex-carlista, Borges hoje é aliado de Pelegrino.

Pelegrino afirmou ainda que ACM Neto copiou seu plano de governo no ponto referente à mobilidade urbana. O demista rebateu ao afirmar que a resolução dos problemas de trânsito estava nas propostas que ele apresentou à sociedade, em agosto passado.

O petista voltou a bater na tecla do alinhamento com os governos federal, com a presidenta Dilma Rousseff, e estadual, do governador Jaques Wagner. Ele ainda disse que seu oponente é "fracassado", como havia feito em debates anteriores. ACM Neto voltou a afirmar que "Salvador pode andar com as próprias pernas" e que vai organizar a cidade para evitar desperdícios financeiros e aumentar a capacidade econômica do município.

Durante todo o debate, assim como fez nos anteriores, ACM Neto lembrou os seis anos do governo do PT e questionou seu concorrente: "por que não fez?". Além disso, afirmou que o petista tem um "estoque de mentiras" inacabável. Ele lembrou ter sido eleito o sexto deputado federal mais influente, enquanto Pelegrino foi o de número 119. O candidato do DEM afirmou afirmou que seu adversário teve grande influência na gestão do impopular prefeito João Henrique Carneiro (PP).

"O deputado [Pelegrino] indicou dois secretários para a Saúde que foram parar nas páginas policiais", declarou o demista, referindo-se à morte, em janeiro de 2007, do servidor Neylton Souto da Silveira, responsável pela contabilidade da pasta municipal de Saúde.

Pelegrino rebateu afirmando que é ACM Neto quem tem o apoio do prefeito atual prefeito e criticou aindo os 16 anos que os carlistas governaram a Bahia e a deixaram em "estado ruim". "Nós herdamos uma estrutura de criminalidade e segurança pública sucateada", disse o petista. Pelegrino disse ainda ter sido vítima durante toda a corrida eleitoral, inclusive de panfletos apócrifos.


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