iG São Paulo
Ao chegar à convenção do PSDB, prefeito de Manaus também fez críticas a presidente; senador Alvaro Dias lamentou processo 'não democrático' na escolha da liderança do partidoAo chegar neste sábado (18) para a convenção do PSDB, em Brasília, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (AM), afirmou que o futuro líder do partido terá que unir as forças partidárias. "Se alguém pretende ser candidato, tem que conquistar todos os apoios. A bola está nos pés de quem quer liderar o partido, no caso o senador Aécio Neves", afirmou, ao ser questionado sobre a possibilidade de José Serra vir a apoiar Aécio na corrida pelo Planalto.
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O senador mineiro, que pretende disputar o Palácio do Planalto em 2014, deverá ser eleito presidente nacional do PSDB no evento deste sábado, em uma etapa para construir a sua candidatura à Presidência da República. O deputado federal por São Paulo, Mendes Thame, que deve ocupar um cargo na direção do partido, desconversou sobre a possibilidade de Serra ser candidato à presidência da República pelo PSDB. "É um momento de união e não de desagregação", disse.
Ao ser questionado se um candidato a vice oriundo da região Nordeste poderia balancear a chapa, Virgílio respondeu: "o vice pode ser nordestino, plutoniano, ou de qualquer lugar. Ele tem que representar esse sentimento de partido que vem a propor uma governabilidade de alto nível".
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O prefeito de Manaus também fez críticas ao governo do PT. Segundo ele, o combate à inflação é o principal problema da governo Dilma Rousseff. "Ela precisa ganhar 2013 se pretende enfrentar 2014".
Virgílio disse ainda que os partidos precisam conhecer a região amazônica. Questionado se Aécio sabe falar sobre a região, ele afirmou: "Ele precisa aprender a falar de Amazônia. Eu não conheço ninguém com exceção do (ex-presidente) Fernando Henrique Cardoso que saiba falar sobre a minha região. Meu povo vai ensinar".
'Passadinha'
O senador tucano Alvaro Dias (PR) passou há pouco pela convenção do PSDB, em Brasília. Ficou apenas meia hora e foi embora sem aguardar a chegada de Aécio. Dias alegou que estava gripado e sofria com rinite. Ele, no entanto, demonstrou seu descontentamento com o processo de escolha da presidência do partido.
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Segundo o senador, o procedimento "não muito democrático" de escolha da liderança do partido gerou ressentimento. "É claro que há mágoas. O partido possui lideranças expressivas que certamente possuem legítimas aspirações e nem sempre são consideradas em razão do modelo que se adota para a escolha", afirmou.
Segundo ele, falar apenas em Aécio e no Serra reduz o partido. "Temos lideranças expressivas que devem ser respeitadas", afirmou. O presidente do PPS, Roberto Freire (PE), apareceu à convenção para prestar apoio a Aécio e destacou que, para derrotar o atual governo do PT, o PPS ajuda sempre onde for preciso.
O PPS se juntou ao PMN para criar uma nova sigla, intitulada Mobilização Democrática. A tendência é que a MD apoie a eventual candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ao Planalto.
Com Agência Estado