Ricardo Galhardo
Em caminhada de campanha, candidato petista acusou tucano de agir com má-fé e mentir sobre kit anti-homofobia do governo do Estado de São PauloO candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou que o adversário José Serra (PSDB) usa “mentira atrás de mentira”, age com má-fé e dissemina a desinformação como armas de campanha. Segundo Haddad, os ataques pessoais e baixarias são a única chance de Serra no segundo turno da disputa.
“A chance que ele tem é jogar na desinformação. Ele tentou fazer isso em 2010 com a presidenta Dilma e eu já tinha sido alertado há muito tempo que ia fazer o mesmo comigo”, disse Haddad hoje à tarde, antes de uma caminhada na região da rua 25 de Março. “Não estou tão preocupado assim com o Serra. Mas a gente fica contrariado quando a desinformação vem envolvida em má-fé”, completou.
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Haddad acusou Serra de mentir em relação ao material similar ao kit anti-homofobia do governo federal que foi distribuído nas escolas estaduais durante a gestão do tucano no governo de São Paulo. Segundo o petista, a Secretaria de Educação mentiu ao negar a existência do kit similar. Hoje, reportagem da Folha de S. Paulo mostrou que um material semelhante, voltado aos professores, foi distribuído e divulgado pelo tucano em setembro de 2009, quando comandava a administração estadual.
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“Ontem eles mentiram de novo dizendo que não tinha material nenhum assim como ele mentiu sobre a minha conduta e da presidenta Dilma com relação ao episódio. Ele mentiu pela segunda vez. É mentira atrás de mentira”, disse Haddad.
Haddad disse ainda que Serra faz ataques pessoais ao tentar vincula-lo ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado por corrupção ativa no caso do mensalão. “Ele tenta macular a reputação de uma pessoa em função de uma coisa que aconteceu com outra”, disse o petista.
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A percepção de que Serra vai apelar para ataques na reta final da campanha é uma avaliação da coordenação política do PT. Segundo o partido, Serra usa o mensalão e o kit anti-homofobia para evitar o debate sobre a gestão Gilberto Kassab (PSD), aliado do tucano.