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Capriles contesta na Suprema Corte eleição presidencial da Venezuela

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iG São Paulo

Representando a oposição, advogados entregam a tribunal documento de 180 páginas descrevendo irregularidades que teriam permitido vitória de governista Nicolás Maduro

O líder da oposição da Venezuela, Henrique Capriles, formalmente desafiou nesta quinta-feira o resultado da eleição presidencial do mês passado, em que perdeu para o governista Nicolás Maduro com uma margem estreita de 1,49% - menos de 225 mil votos.

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Advogados representando a coalizão opositora entraram com um processo na Suprema Corte, alegando que houve várias irregularidades e pedindo que o resultado seja anulado. Segundo Capriles, houve dezenas de casos em que os eleitores foram forçados a depositar votos no candidato do governo.

Maduro, que sucedeu a Hugo Chávez, que morreu de câncer em 5 de março após permanecer 14 anos no poder, argumenta que as eleições foram justas. Maduro assumiu o cargo cinco dias depois da votação.

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Gerardo Fernández, um dos candidatos que representam a oposição, disse que sua equipe entregou um documento de 180 páginas descrevendo todas as supostas irregularidades, incluindo alegações de intimidação durante a campanha eleitoral.

Capriles afirmou que usará "todas as instâncias disponíveis" para contestar a vitória de Maduro. O Tribunal Eleitoral ainda precisa decidir se a queixa é justificada antes de permitir o início de um julgamento.

O candidato opositor reivindicou uma recontagem de votos ao Conselho Eleitoral Nacional (CNE), que respondeu que seria legalmente impossível de realizar. No entanto, o órgão concordou em realizar uma autoria parcial dos votos até junho.

Durante a auditoria, 56% dos votos serão examinados. Segundo o CNE, os remanescentes 44% foram verificados imediatamente após a eleição. Posteriormente, Capriles rejeitou a auditoria do CNE e disse que Maduro "roubou de forma ilegítima a presidência".

Outro pedido da oposição

Além do processo na Suprema Corte, a oposição venezuelana também pediu aos promotores nesta quinta que investiguem uma briga na Assembleia Nacional (Congresso unicameral do país) que deixou dezenas de seus legisladores feridos e forçou ao menos um deles a se submeter a uma cirurgia.

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O congressista Julio Borges, que sofreu ferimentos na cabeça depois que o governista Michelle Reyes repetidamente o atingiu no rosto, reuniu-se com procuradores federais para reivindicar a investigação de quem era responsável pela briga de terça. "Fomos brutalmente atacados", disse Borges, enquanto funcionários do governo argumentavam que a oposição provocou a violência.

O gabinete da procuradora federal Luisa Ortega não fez comentários sobre a queixa de Borges. Ortega é vista como uma aliada dos membros do partido governista, e um eventual processo contra os legisladores seria quase impossível porque eles têm imunidade em relação à maioria das acusações penais.

*Com BBC e AP


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