iG São Paulo
Edson Moreira, que liderava a investigação do Caso Eliza Samudio, falou por mais de 4h na quarta-feira (24). Estratégia da defesa é cansar testemunha e prolongar júriContinua nesta quinta-feira (25) o julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de matar Eliza Samudio, a mando do ex-goleiro Bruno. No 4º dia, o júri do Fórum de Contagem volta a ouvir o delegado Edson Moreira, responsável pelas investigações do caso. Moreira já depôs ontem (24) por mais de quatro horas.
3º dia: Nova versão sobre esquartejamento de Eliza Samudio dá fôlego à defesa de Bola
2º dia: Presidiário confirma que Bola admitiu que matou e queimou o corpo de Eliza
1º dia: Defesa de Bola tenta apontar falhas em investigações da morte de Eliza Samudio
Réu Bola é visto escrevendo bilhete a advogados durante depoimentos, neste quarta (24)
Foto: Renata Caldeira/TJMG
Ex-delegado Edson Moreira, que hoje atua como vereador, durante depoimento no salão do júri (24/04)
Foto: Renata Caldeira/TJMG
Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, durante terceiro dia do julgamento
Foto: Alex de Jesus/O Tempo/Futura Press
Jornalista José Cleves foi ouvido pela juíza no 3º dia de júri (24/04); Bola acompanhou a oitiva
Foto: Renata Caldeira/TJMG
Réu conversa com um de seus advogados nesta terça durante depoimento do presidiário Jaílson de Oliveira (23/04)
Foto: Renata Caldeira/TJMG
Promotor Henry Vasconcelos pergunta ao presidiário Jaílson sobre relação com Bola nesta terça (23/04)
Foto: Renata Caldeira/TJMG
Primeira testemunha a ser ouvida é a delega Ana Maria dos Santos, arrolada pelo Ministério Público
Foto: Renata Caldeira/TJMG
Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é visto no plenário neste primeiro dia de júri
Foto: Renata Caldeira/TJMG
Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é visto no plenário neste primeiro dia de júri
Foto: Renata Caldeira/TJMG
Advogado Ércio Quaresma, um dos defensores de Bola
Foto: Renata Caldeira/TJMG
Juíza Marixa Fabiane (esq.) e o defensor Ércio Quaresma (dir.) em plenário no primeiro dia do júri
Foto: Renata Caldeira/TJMG
Bancada de defensores já estão em plenário para o júri do Bola, nesta segunda (22)
Foto: Renata Caldeira/TJMG
Promotor Henry Vasconcelos, responsável pela acusação do Caso Bruno, no 1º dia do júri
Foto: Renata Caldeira/TJMG
Familiares do ex-policial Bola chegam ao fórum de Contagem para acompanhar o julgamento
Foto: Cristiane Mattos/Futura Press
Familiares do ex-policial Bola chegam ao fórum de Contagem para acompanhar o julgamento
Foto: Cristiane Mattos/Futura Press
José Arteiro, advogado da mãe de Eliza Samudio, chega ao fórum para acompanhar o júri de Bola
Foto: Cristiane Mattos/Futura Press
A estratégia da defesa de Bola é cansar a testemunha e prolongar ao máximo o julgamento. A promotoria já disse que considera a tentativa um "tiro no pé". Um dos advogados do ex-policial, Ércio Quaresma, foi repreendido várias vezes nesta manhã pela juíza Marixa Rodrigues por estar intimidando o delegado. "A defesa provará a "mutreta" da polícia", disse o defensor em plenário. Moreira pediu respeito.
O interrogatório do delegado era a grande aposta da defesa de Bola para tentar levantar possíveis falhas durante a investigação. Quaresma tem afirmado que Moreira conduziu intencionalmente as investigações para incriminar seu cliente e notório desafeto. O depoimento foi recheado de ironias e trocas de farpas entre os dois.
Liberdade: Bruno poderá voltar aos gramados em julho, diz advogado do goleiro
O ponto alto veio logo após Quaresma pressionar o delegado por detalhes das investigações na época do crime, ocorrido em junho de 2010. Ele perguntou se nas "facas ou qualquer outro instrumento, como machado, encontrados na casa de Bola, foi feito exame com luminol (produto químico que aponta a presença de sangue) e encontrado sangue".
1º júri: Macarrão pega 15 anos de prisão por morte de Eliza. Fernanda responde livre
2º júri: Bruno é condenado a 22 anos e 3 meses de prisão. Dayanne é absolvida
Moreira respondeu que, de acordo com o laudo de constatação feito por peritos, não foi encontrado sangue no local. "Concluiu-se que naquela casa ninguém foi picado, dissecado. Podia ter morrido por asfixia, mas ninguém foi partido lá. Foi usado luminol para identificar se havia vestígio de sangue", afirmou a testemunha.
Quaresma não perdoou e questionou diretamente Edson Moreira se alguma mão de Eliza foi jogada aos cães na casa de Bola. O depoente disse que não. Pela manhã, foi interrogado o jornalista José Clèves, também a pedido da defesa. Quaresma pretendia mostrar falhas no caráter de Edson Moreira, que apontou Clèves como assassino de sua própria mulher. O jornalista acabou sendo inocentado.