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Em depoimento, pai de menino morto por manicure no Rio diz ter sofrido assédio

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O Dia

Heraldo Bichara Júnior negou que tenha tido um relacionamento amoroso com manicure que matou menino e revelou que recebeu mensagens do celular dela com convites para sairem

O empresário Heraldo Bichara Júnior, pai do menino João Felipe Eiras Bichara, morto pela manicure Suzana de Oliveira, em Barra do Piraí, no Sul Fluminense, deixou a delegacia na tarde desta terça-feira, após prestar depoimento durante cerca de duas horas e meia.

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De acordo com o delegado José Mário Salomão, que investiga o caso, Heraldo chorou compulsivamente diversas vezes, chegando até a interromper o depoimento para se recuperar. O pai de João Felipe negou que tenha tido qualquer tipo de relacionamento amoroso com Suzana, como ela insinuou, e revelou que em meados do ano passado, recebeu três mensagens do celular de Suzana, sendo duas delas de números diferentes.

Na primeira mensagem recebida, esta de um número desconhecido, havia escrito "Oi, Tio Sukita" (referência a um informe publicitário de uma marca de refrigerantes). A segunda mensagem continha a frase "Gosto de você". No terceiro dia consecutivo, ele diz ter recebido a terceira mensagem: "Quero sair com você". Esta última, estava identificada com o número da manicure, que era conhecida da família.

No depoimento, Heraldo disse ter retornado a ligação e que Suzana atendeu. Segundo o empresário, a manicure o assediou, dizendo que queria ter uma relação com ele, nem que fosse por uma única vez, pois gostava de homens mais velhos.

De acordo com o delegado, a mulher de Heraldo, Aline Bichara, a quem o empresário abraçou por um longo tempo antes do depoimento, acompanhou a todas perguntas. Ainda de acordo com o delegado, embora a hipótese de crime passional não esteja descartado, ele vai analisar a possibilidade de enquadramento de Suzana no crime de extorsão mediante sequestro. Ainda hoje ele encaminhará à justiça o pedido de quebra de dados telefonicos da criminosa.

"Não tenho dúvida alguma de que dois crimes foram consumados: homicídio e ocultação de cadáver, e que o objetivo da assassina era atingir a família da vítima", disse o delegado.

O pai de João Felipe chegou à delegacia por volta das 9h40, acompanhado da mulher e de mais três advogados. Seu depoimento foi ouvido pelo delegado da 88ª DP (Barra do Piraí), José Mário Salomão, e pelo diretor de polícia de área do Sul Fluminense, Ricardo Martins. O diretor foi designado pela chefe de polícia Marta Rocha para a acompanhar o inquérito.

Na chegada à delegacia, Heraldo não quis dar declarações à imprensa. Ele chegou acompanhado da três advogados e da mulher Aline Bichara. O empresário ainda tentou armar uma estratégia para a enganar a imprensa, mas não conseguiu. Enquanto ele entrava pela porta da frente, um outro carro entrou pelos fundos, com um homem com a cabeça coberta, se fazendo passar por Heraldo.

Cerca de 30 minutos antes, o advogado, Bruno Tavares, que defende Heraldo chegou à delegacia. O defensor afirmou que o empresário está sendo caluniado pela manicure, que insinua ter tido um caso com o pai de João Felipe.

"Meu cliente, além de estar sofrendo com toda a situação, ainda está sendo caluniado, mas ele está tranquilo e não há sequer orientação a ser passada diante dessa tragédia", disse o advogado.



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