iG São Paulo
Combates desta segunda-feira estão entre os mais intensos no centro da cidade desde o início da rebelião, há dois anos; parte dos funcionários será realocada para Beirute e CairoAs Nações Unidas disseram na segunda-feira (25) que reduziriam temporariamente o número de seus funcionários em Damasco, após vários morteiros caírem perto do hotel onde estavam hospedados em Damasco, danificando o prédio e um veículo da ONU.
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A ONU realocará alguns funcionários do gabinete do enviado da coalizão ONU e Liga Árabe Lakhdar Brahimi para Beirute e para o principal escritório do gabinete no Cairo e pediu para que toda a equipe nacional trabalhasse de casa até nova ordem.
O porta-voz da ONU Martin Nesirky disse que a realocação envolve metade dos cerca de 100 funcionários da equipe internacional atualmente em Damasco e alguns dos 800 funcionários da equipe nacional que estão na capital síria.
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Os ataques de domingo e na segunda-feira nos arredores do hotel danificaram o prédio e carros, incluindo um veículo da ONU. "Essas medidas estão sendo tomadas somente por razões de segurança", disse Nesirky.
Ele afirmou que a ajuda humanitária tão necessária no país continuará sendo enviada normalmente. "As agências da ONU e seus parceiros continuam comprometidas em prover assistência humanitária a milhões de necessitados na Síria e manterá um número de funcionários dentro da Síria para dar continuidade a esses programas importantes e ajudar os civis."
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Os disparos de morteiros contra o centro de Damasco foram retaliados por tropas do governo com disparos de artilharia a partir do monte Qasioun, perto da capital. Os combates desta segunda estão entre os mais intensos no centro da cidade desde o início da rebelião, há dois anos.
Riad al-Assad
Também nesta segunda-feira, o coronel sírio Riad al-Asaad, um dos primeiros a convocar abertamente uma rebelião armada contra o presidente Bashar al-Assad, foi ferido por uma bomba colocada sob o assento de seu carro em uma região controlada pela oposição no leste da Síria, disseram rebeldes e ativistas.
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Asaad, líder do grupo agora não tão poderoso conhecido como Exército Livre da Síria (ELS), ficou ferido no rosto e teve seu pé direito amputado depois da explosão de domingo, de acordo um ativista na cidade de Mayadeen, onde o ataque aconteceu.
No entanto, o porta-voz rebelde Louay Almokdad disse à Associated Press por telefone que a extensão do ferimento indicava que a amputação era provável, mas que ainda não tinha confirmação de que ela havia sido feita. Segundo ele, Asaad estava em condição estável na Turquia. Ainda não houve nenhuma reivindicação de autoria pelo ataque.
Com AP