Luísa Pécora
Produtor de "Além da Escuridão" diz ter buscado "mais drama, emoção e obstáculos impossíveis"; iG assistiu às primeiras cenas"Star Trek" (ou “Jornada nas Estrelas”) costuma dividir o público: uns amam, outros odeiam. Mas abrir mão de conquistar este segundo grupo não está nos planos da equipe do diretor J.J. Abrams, responsável desde 2009 pelo renascimento da franquia criada na década de 1960. Com “Além da Escuridão", previsto para ser lançado em maio, eles querem atender à expectativa dos fãs antigos e ganhar novos, mesmo aqueles que nem sabem quem é Kirk ou Spock.
O produtor Bryan Burk, que veio ao Brasil para apresentar algumas cenas do filme, considera-se o homem certo para a missão justamente porque ele também não era um “trekker” (como são conhecidos os fãs da franquia). “Eu tentava gostar, mas assistia aos episódios (da série de TV) e aos filmes e simplesmente não entendia”, contou. “Eu me perguntava por que não havia a mesma ação dos outros grandes filmes de Hollywood. Em vez disso, você tinha muita gente conversando por telas. Não era para mim”.
Cena de 'Star Trek: Além da Escuridão'
Foto: Divulgação
Cena de 'Star Trek: Além da Escuridão'
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Cena de 'Star Trek: Além da Escuridão'
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Cena de 'Star Trek: Além da Escuridão'
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Cena de 'Star Trek: Além da Escuridão'
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Cena de 'Star Trek: Além da Escuridão'
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Cena de 'Star Trek: Além da Escuridão'
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Cena de 'Star Trek: Além da Escuridão'
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Cena de 'Star Trek: Além da Escuridão'
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Cena de 'Star Trek: Além da Escuridão'
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Cena de 'Star Trek: Além da Escuridão'
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Tudo mudou quando a Bad Robot, produtora de Abrams da qual Burk também faz parte, deu início ao “reboot” da franquia. O primeiro longa sob o comando da equipe, “Jornada nas Estrelas: O Filme”, foi lançado em 2009 e arrecadou mais de US$ 385 milhões no mundo. O sucesso garantiu duas sequências, formando uma trilogia que funciona como “prequel” dos filmes da série – são os mesmos personagens, mas anos e anos antes e numa linha do tempo alternativa, que dá liberdade artística aos roteiristas.
A mudança também permite que os espectadores se sintam mais à vontade para embarcar agora no universo de “Jornada nas Estrelas”, já que ter conhecimento sobre a série original não é fundamental. “Sabemos que muita gente não viu o filme anterior ou não sabe nada sobre a franquia. Para nós, era muito importante que o filme fosse acessível para todos. Você tem de poder ir ao cinema e assistir sem ficar confuso”, afirmou Burk.
Em “Além da Escuridão”, a Bad Robot investiu pesado em efeitos especiais, prometendo um universo em 3D capaz de marcar a história do cinema tanto quanto “Avatar”. “Cena a cena, frame a frame, estamos indo mais longe do que o permitido”, disse o produtor. “Decidimos que, se íamos fazer uma sequência, tínhamos que nos superar. Tinha que ter mais ação, mais drama, mais emoção, mais obstáculos impossíveis. Tinha de ser maior.”
A julgar pelos cerca de 30 minutos de imagens exibidas aos jornalistas, a equipe está no caminho certo (e esta jornalista pode ser um bom termômetro, tendo ficado totalmente imersa no enredo mesmo estando longe de ser uma “trekker”).
A ação dá o tom do filme, que tem muita correria, explosões e trocas de tiro já nas primeiras cenas. A trama começa com Kirk (Chris Pine) burlando regras para salvar Spock (Zachary Quinto), que arriscou sua vida para salvar uma civilização remota de um vulcão. Como salvá-lo significa expor a Enterprise aos locais, algo proibido, Kirk é rebaixado para primeiro oficial e Spock é transferido para outra nave.
Esse é o menor dos problemas da dupla, já que a grande ameaça de “Além da Escuridão” é John Harrison, um vilão que parece inspirado nos líderes terroristas da vida real. Ex-integrante da Frota Estelar, ele declara guerra contra a organização e passa a ser alvo de uma verdadeira caçada.
Há pelo menos um duro embate com Spock, numa cena em ritmo acelerado em que os dos combatem no ar, com direito a muitos saltos perigosos. Os motivos do vilão, porém, só serão em conhecidos em maio.