Wilson Lima
Apesar de afirmar que 'não lembra direito o que aconteceu', novo presidente da Comissão de Direitos Humanos rebate a acusação de estelionato a que responde no STFO novo presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), negou que tenha aplicado um golpe contra uma produtora de shows da cidade de São Gabriel, cidade distante 320 quilômetros de Porto Alegre, em março de 2008. Ele afirmou que não compareceu a um show gospel no qual ele era a atração principal porque estava doente. O congressista também negou ter participado de outro evento no Rio de Janeiro, conforme sustenta a denúncia do Ministério Público.
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Feliciano responde uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) por estelionato por ter recebido R$ 13,3 mil para a realização de um show gospel em São Gabriel e não comparecer. A ação impetrada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul tramita desde 2008. No Supremo, a ação chegou em 2011 e está próxima de ser julgada. O caso tem como relator o vice-presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski.
Segundo o deputado, a denúncia e a ação não passam “de um mal entendido”. Ele disse que “não lembra bem o que aconteceu”, mas afirmou que estava doente no dia do show gospel. “Eu fui convidado para fazer uma palestra não para fazer show. Houve um contratempo e eu adoeci. Eu só faço eventos da igreja. Mas eu estava enfermo e não fiz nenhum evento, nem no Rio”, afirmou o deputado ao iG.
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O pastor alegou que já fez o ressarcimento dos prejuízos alegados pela produtora do show gospel, Liane Pires Marques, e que a procurou para fazer um acordo. Ele disse que se disponibilizou a fazer um outro show e que ficou assustado com o pedido de indenização feito por Liane Marques. “Ela me pediu R$ 1 milhão de indenização. Eu não tenho como restituir isso”, disse Feliciano.
Indicado pelo PSC, o pastor Marco Feliciano foi eleito sob protestos presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara com 11 dos 12 votos dos deputados presentes, um a mais do que o mínimo necessário para ser eleito. Um dos votos foi em branco. Ele é acusado por entidades de racista e homofóbico por declarações já feitas.