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Cerimônia fúnebre de Chávez será sexta, anuncia chanceler da Venezuela

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iG São Paulo

Corpo de presidente venezuelano será exposto a partidários a partir de amanhã em Academia Militar de Caracas; luto de sete dias é decretado no país

A cerimônia fúnebre do presidente Hugo Chávez, que morreu nesta terça-feira após uma batalha de quase dois anos contra o câncer, será na sexta na Academia Militar de Caracas na presença dos chefes de Estado da região, anunciou o chanceler Elías Jaua.

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Jaua, que garantiu que o país está em normalidade após o anúncio da morte de Chávez, disse que foi decretado luto nacional de sete dias e que as aulas em todos os níveis foram suspensas pelo resto da semana.

O corpo de Chávez será levado na quarta à Academia Militar e será exposto a seus partidários. O local do sepultamento ainda não foi definido.

Posteriormente, Jaua anunciou que o vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, assumirá o comando do país interinamente enquanto se convocam eleições para os próximos 30 dias. "Está muito claramente estabelecido o que acontece, e o que sempre defendemos, agora que se produziu uma ausência absoluta, assume o vice-presidente da República como presidente e se convocam novas eleições nos próximos 30 dias", disse Jaua em comentários televisionados.

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Antes de viajar a Cuba em dezembro para ser submetido à quarta cirurgia relativa a um câncer, Chávez designou Maduro como potencial sucessor e candidato governista em caso de novas eleições. O candidato derrotado por Chávez em outubro, o governador do Estado de Miranda, Henrique Capriles, poderia ser o representante da oposição.

De acordo com a Constituição do país, porém, quem deveria governar interinamente no período da eleição até a posse do novo presidente eleito seria o presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Diosdado Cabello.

Anúncio da morte

Com voz embargada e lágrimas escorrendo em seu rosto por diversas vezes, Maduro anunciou a morte do presidente "após uma dura batalha contra uma doença por quase dois anos" em um pronunciamento à TV. Ele não especificou a causa da morte, embora o governo tenha dito na noite anterior que uma nova e severa infecção respiratória havia enfraquecido Chávez.

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Ao anunciar a morte, Maduro conclamou os venezuelanos a serem "herdeiros dignos do homem gigante" que Chávez era. "Que não haja nenhuma fraqueza, nenhuma violência. Que não haja ódio. Em nossos corações deve haver apenas um sentimento. Amor. Amor, paz e disciplina."

"Aqueles que nunca apoiaram o comandante Hugo Chávez, respeitem a dor da população. Este é o momento de pensar em nossas famílias, em nosso país."

A morte de Chávez põe fim a um governo de 14 anos e deixa um movimento político socialista em controle da nação apesar de a doença de Chávez tê-lo impedido de assumir seu quarto mandato em 10 de janeiro após sua reeleição em outubro.

Veja imagens da trajetória de Chávez:

Nesse pronunciamento, Maduro anunciou que a Venezuela expulsou dois adidos aeronáuticos dos EUA sob a acusação de conspirar para desestabilizar o país e também afirmou que havia pistas de que a doença de Chávez havia sido causada por "inimigos históricos da pátria". O ministro da Defesa da Venezuela também apareceu na televisão para anunciar que o Exército continuará leal à Constituição e a Maduro após a morte de Chávez.

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O economista Carlos Quijada, 38 anos, que disse estar triste que a morte e não uma derrota eleitoral tivesse escrito o obituário de Chávez, afirmou: "Agora há muita incerteza sobre o que acontecerá", afirmou.

*Com AP


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