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Renúncia acontece após manifestações contra o alto preço da energia e põe país na lista de administrações europeias derrubadas pela austeridade durante a crise da dívida da UEO governo da Bulgária renunciou nesta quarta-feira depois de violentos protestos em todo o país contra o alto preço da energia, entrando para uma longa lista de administrações europeias derrubadas pela austeridade durante a crise da dívida da Europa.
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O primeiro-ministro do país, Boiko Borisov, um ex-guarda-costa que ascendeu ao poder em 2009 com promessas de acabar com a corrupção e elevar o padrão de vida do membro mais pobre da União Europeia, agora enfrenta a dura tarefa de reunir apoio antes de uma provável eleição antecipada.
Congelamentos salariais e de aposentadorias e aumentos de impostos atingiram profundamente um país onde a renda é menos da metade da média da UE, e dezenas de milhares de búlgaros foram às ruas em protestos violentos, gritando "máfia" e "renunciem".
Na terça-feira, 15 pessoas foram internadas - incluindo um homem sagrando muito de um ferimento na cabeça - e 25 foram presas depois que os manifestantes dispararam coquetéis molotov contra a polícia, que revidou com cassetetes e escudos.
"Minha decisão de renunciar não será alterada em nenhuma hipótese", disse Borisov, que começou sua carreira como segurança do ditador comunista do Estado do Mar Negro Todor Zhivkov.
O que provocou os protestos foi a alta conta de eletricidade, depois que o governo elevou os preços em 13% em julho. Mas as manifestações rapidamente escalaram em meio à frustração relacionada à maneira dominadora de Borisov e sua imprevisível tomada de decisões.
"Ele me deixou feliz", disse o estudante Borislav Hadzhiev, 21, no centro de Sófia, referindo-se à renúncia de Borisov. "A verdade é que estamos vivendo em um país extremamente pobre."
O desemprego no país de 7,3 milhões está longe dos picos atingidos na década após o fim do comunismo, mas continua em 11,9%, e a média salarial está emperrada em cerca de 800 levs (US$ 550).
Milhões emigraram em busca de uma vida melhor, deixando regiões do país despovoadas e pouca esperança para os que permaneceram.