Agência Estado
Foram tomados os depoimentos de dois músicos e dos donos da boate Kiss. Segundo o delegado, ninguém assumiu a responsabilidade pelo uso do sinalizador que iniciou o incêndioO delegado Marcelo Arigony afirmou nesta segunda-feira (28) que o conteúdo dos depoimentos tomados das quatro pessoas que estão com prisão temporária decretada não acrescentou "nada" ao panorama que a polícia já tinha sobre as causas do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), que matou mais de 230 pessoas na madrugada de domingo (27).
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Segundo o delegado, ninguém assumiu ter usado o sinalizador que teria provocado o incêndio. "O que temos de concreto é que o sinalizador foi usado e que as portas não deram vazão à saída das pessoas", disse o delegado. O delegado descartou novos pedidos de prisão temporária.
Sobre o sinalizador, a investigação apurou que existem dois tipos de artefato, um de uso interno e outro externo e que eles precisam averiguar qual desses dois tipos foi utilizado na festa. Ele também afirmou que está sendo averiguado onde teria sido comprado o sinalizador e informou que o material é comprado em lojas especializadas.
De acordo com o delegado, um dos proprietários da boate que se apresentou na tarde desta segunda à polícia, Mauro Hoffman, foi "colaborativo" em prestar os esclarecimentos. O empresário ficará preso por pelo menos cinco dias, período da prisão temporária, com possibilidade de prorrogação por mais cinco dias.
O outro proprietário da boate, internado em Cruz Alta, tem recomendação médica de permanecer no local por cinco dias, o que indica que ele não deve ser recolhido a uma unidade prisional.
Wendt reforçou ainda que a investigação utilizará as postagens nas redes sociais para avaliar as condições do incêndio. Além disso, as pessoas que publicaram informações nas redes serão convidadas a depor.