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Coveiros na Síria não têm tempo para esperar pelos mortos

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Reuters

Trabalhadores de cemitério em Azaz, no norte do país, deixam covas prontas por conta dos bombardeios frequentes na região

Reuters

Coveiros de cemitério da cidade de Azaz, no norte da Síria, não esperam mais bombas caírem para começarem a cavar. Os mortos chegam muito rápido.

Um avião de guerra lançou duas bombas que destruíram pelo menos seis casas no sábado. Onze pessoas foram mortas, segundo ativistas. Em alguns casos, foram enterradas duas crianças por cova para economizar espaço.

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Na manhã de domingo os trabalhadores estavam de volta, cavando novas covas para as próximas vítimas, independentemente de quem seja.

"Nós sabemos que o avião está vindo para nos atacar, portanto estamos nos preparando", disse Abu Sulaiman, um dos poucos homens preparando as covas no cemitério Sheikh Saad.

"Massacres estão acontecendo. Nós estamos colocando dois ou três corpos juntos. Estamos trabalhando e cavando desde às 6 horas da manhã. Nós vamos cavar dez novas covas hoje", disse ele.

Após 21 meses de guerra, os rebeldes capturaram boa parte do norte e do leste da Síria. Forças leais ao presidente Bashar al-Assad ainda controlam o altamente povoado sudoeste, a principal rodovia norte-sul e a costa mediterrânea.

O governo também detém bases aéreas pelo país, as quais tropas defendem com artilharia e ataques aéreos, contra combatentes pouco armados.

Azaz está próximo de uma dessas bases: o aeroporto militar Menagh. Rebeldes cercaram o local e têm lançado ataques nas últimas semanas, provocando reação de retaliação em cidades próximas. Por causa da proximidade, os moradores passaram a aguardar esses ataques.

Mais de 45 mil pessoas foram mortas na guerra entre os rebeldes, a maior parte da maioria Sunita, e forças leais a Assad. O presidente sírio faz parte da minoria Alawite --uma ramificação do Islamismo Xiita-- e cuja família governa a Síria por 42 anos.


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