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Egípcios se preocupam com economia após referendo sobre Constituição

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iG São Paulo

Ao fazer pressão pelo novo projeto de Carta, presidente egípcio pode ter arruinado qualquer chance de construir consenso em relação ao aumento de impostos que se faz necessário

O Egito se preparou para anunciar nesta terça-feira (25) o resultado de um polêmico referendo sobre uma nova Constituição que o presidente Mohammed Morsi louva como um passo rumo à estabilidade em um país que sofre por crises políticas e econômicas.

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Mas os críticos dizem que, ao passar por cima de as leis básicas, Morsi enfureceu seus adversários liberais, de esquerda e cristãos, e pode ter arruinado qualquer chance de construir um amplo consenso em relação ao aumento de impostos necessário para conter um déficit orçamentário esmagador.

Contagens não-oficiais da Irmandade Muçulmana de Morsi mostraram que a Carta foi aprovada por uma maioria de cerca de 63%. A comissão eleitoral vai anunciar o resultado oficial às 15h (horário de Brasília) e a expectativa é que os números finais confirmem as estimativas.

Saiba mais: Dividido, Egito conclui referendo constitucional em meio a tensões

Morsi acredita que a Constituição colocará um fim a um prolongado período de distúrbios que vem assombrando a nação árabe mais populosa desde a queda em 2011 de Hosni Mubarak, que era apoiado pelas Forças Armadas.

Mas analistas temem que a postura de Morsi de pressionar pelo conteúdo do texto vai apenas estimular seus adversários a capitalizar sobre qualquer discordância pública contra a austeridade, em vez de ajudar a vender reformas à nação.

Se o voto pelo "sim" for confirmado, uma eleição parlamentar será realizada em cerca de dois meses, abrindo espaço para que os islamistas renovem sua batalha com opositores de mente mais liberal.

Na frente política, as tensões permanecem elevadas. A oposição diz que a Constituição, feita em grande parte pelos aliados islamistas de Morsi, não consegue garantir as liberdades individuais e os direitos das mulheres e das minorias. O governo nega isso.

A oposição diz que, se for derrotada no referendo constitucional, vai se esforçar para eleger uma bancada expressiva para fazer emendas à nova Constituição.

Com Reuters


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