Um caso de estupro coletivo dentro de um ônibus na capital indiana, Nova Délhi, vem provocando comoção no país. A vítima foi uma estudante de 23 anos, que está internada em estado grave desde o incidente, no domingo (16).
Cinco passageiros, incluindo o motorista do ônibus no qual ocorreu o ataque, foram presos. A polícia diz estar procurando ainda mais uma suspeito. A estudante de medicina e um amigo do sexo masculino que a acompanhava teriam sido atacados também com barras de ferro antes de serem jogados para fora do ônibus.
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Jatos de água
Nesta quarta-feira, um grande protesto em Nova Délhi pedindo punições fortes contra os estupradores foi dispersado pela polícia com jatos de água após manifestantes tentarem derrubar barreiras de metal em frente à casa da chefe de governo da capital, Sheila Dikshit.
Em outras partes da cidade, grupos de estudantes universitários montaram barricadas para protestar contra as autoridades. Em resposta aos protestos, o governo anunciou uma série de medidas para tentar aumentar a segurança para mulheres na cidade.
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Na noite de terça-feira (18), a líder do majoritário Partido do Congresso, Sonia Gandhi, visitou o hospital no qual a estudante atacada está internada. Ela disse posteriormente que "as medidas mais estritas possíveis" devem ser tomadas para prevenir tais incidentes.
Pressão
O governo vem sofrendo grande pressão de membros da oposição, de estudantes e de grupos ativistas pelos direitos das mulheres, que acusam as autoridades de não fazer o suficiente para combater os crimes contra as mulheres.
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Nesta quarta (19), deputadas do partido opositor Bharatiya Janata (BJP) também realizaram um protesto em frente ao Parlamento, enquanto centenas de ativistas e estudantes gritavam palavras de ordem em frente ao quartel-general da polícia de Nova Délhi.
Pressionado pela oposição, o ministro do Interior, Sushil Kumar, fez nesta quarta um pronunciamento sobre o caso pela segunda vez em dois dias. Shinde disse que colocará mais patrulhas policiais noturnas e que todos os motoristas de ônibus e seus auxiliares serão submetidos a checagens.
Ele também afirmou que ônibus com janelas escurecidas e cortinas - como o veículo onde ocorreu o estupro no domingo - serão confiscados.