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Demissão de protagonista de "O Senhor dos Anéis" e desmembramento de "O Hobbit" em três filmes estão na listaA trilogia "O Senhor dos Anéis", adaptação da saga de fantasia escrita por J.R.R. Tolkien, fez do neozelandês Peter Jackson um dos cineastas mais conhecidos do mundo. O lançamento de "O Hobbit: Uma Jornada Inesperada" marca a volta do diretor à Terra-Média, e deve entrar para a lista de projetos bem-sucedidos de seu currículo.
Crítica: Excessivo para os leigos, "O Hobbit" é prato cheio para fãs
O iG compilou cinco grandes sacadas da carreira de Peter Jackson.

Peter Jackson no set de "O Hobbit: Uma Jornada Inesperada", Nova Zelândia, 2012
Foto: Divulgação

Peter Jackson durante as filmagens de "O Senhor dos Anéis: As Duas Torres", 2002
Foto: Divulgação

Peter Jackson em seu escritório na Nova Zelândia, 2002
Foto: Getty Images

Peter Jackson com o Oscar de melhor diretor por "O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei", 2004
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Peter Jackson e James Cameron na San Diego Comic-Con de 2009
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Peter Jackson e Steven Spielberg na première de "As Aventuras de Tintim", 2011
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O diretor Peter Jackson no lançamento de "O Hobbit: Uma Jornada Inesperada", na Nova Zelândia, 2012
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Peter Jackson na première de "O Hobbit: Uma Jornada Inesperada", na Nova Zelândia, 2012
Foto: Getty Images
Fundar a empresa de efeitos especiais Weta Digital
Muito antes de estourar com "O Senhor dos Anéis", Peter Jackson era relativamente conhecido por filmes como "Trash - Náusea Total" (1987) e "Fome Animal" (1992). Em 1993, decidiu criar a Weta Digital, para produzir efeitos especiais para o seu próximo filme, "Almas Gêmeas".
Após prestar serviço para produções menores, a Weta, cujo nome foi inspirado no maior inseto da Nova Zelândia, assumiu a trilogia "O Senhor dos Anéis". Para a série, a empresa desenvolveu o MASSIVE, um software que conferia inteligência artificial a personagens digitais, gerando multidões em que cada pessoa possuía movimentos próprios e independentes.
O resultado foi tão elogiado que, além de abocanhar o Oscar de melhores efeitos especiais, a Weta Digital assumiu produções de filmes como "Eu, Robô" (2004), "X-Men: O Confronto Final" (2006), "Avatar" (2009), "Prometheus" (2012) e mais recentemente da trilogia "O Hobbit".
Tirar Stuart Townsend de "O Senhor dos Anéis"
Consagrado pelo papel de Aragorn na trilogia "O Senhor dos Anéis", Viggo Mortensen não foi a primeira opção de Peter Jackson para o personagem. Antes dele, o cineasta havia escalado o ator irlandês Stuart Townsend, que de acordo com depoimentos, treinou por dois meses antes das filmagens.
Porém, dias antes de começar a rodar, Jackson demitiu o ator - alegou que ele era muito jovem para o papel. Mas especula-se que o real motivo da dispensa de Townsend seria sua falta de carisma para encarar o personagem. Townsend recebeu críticas negativas pelas duas grandes produções estreladas por ele após a dispensa: "A Rainha dos Condenados" (2002) e "A Liga Extraordinária" (2003).
Associar-se a grandes cineastas
Após o sucesso comercial de "O Senhor dos Anéis", Peter Jackson soube entrar em contato com alguns dos grandes cineastas em atividade. O entusiasmo pelo uso de novas tecnologias o aproximou de James Cameron. O responsável pelo sucesso "Titanic" (1997) encomendou à empresa de efeitos especiais Weta Digital uma modificação do software MASSIVE para criar a fauna e a flora de "Avatar" (2009).
Outro colaborador de Jackson é Steven Spielberg. O diretor de "Tubarão" (1975) e "E.T. - O Extraterrestre" (1982) se uniu a Jackson na adaptação de "As Aventuras de Tintim" (2012). Enquanto Spielberg ficou com a direção do longa, Jackson atuou como produtor.
Colocar a Nova Zelândia no mapa
Filmar a série "O Senhor dos Anéis" em sua terra natal não demonstra apenas o patriotismo de Peter Jackson, mas também seu tino empresarial.
Além de empregar milhares de trabalhadores locais, os filmes da trilogia ajudaram a profissionalizar a indústria cinematográfica do pequeno país da Oceania. Porém, o maior impacto se deu no turismo, que volta a faturar com o lançamento de "O Hobbit: Uma Jornada Inesperada".
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De acordo com a Secretaria de Turismo da Nova Zelândia, estima-se que a receita do setor possa chegar aos US$ 400 milhões (equivalente a R$ 800 milhões) em 2013. A capital do país, Wellington, recebeu investimentos de US$ 820 milhões (R$ 1,6 milhão) para a pré-estreia do filme.
Transformar "O Hobbit" em uma trilogia
Planejada originalmente para dois filmes, a adaptação do livro "O Hobbit", primeira obra de JRR Tolkien ambientada na Terra-Média, tornou-se uma trilogia a pedido de Peter Jackson. Se os dois filmes já tinham tudo para repetir a ótima arrecadação de "O Senhor dos Anéis", que acumula US$ 2,92 bilhões (R$ 6 bilhões), a nova trilogia aumenta ainda mais essas cifras.
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