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Investigadores buscam respostas sobre massacre em escolar nos EUA

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iG São Paulo

Atirador mata 26 pessoas em escola de Connecticut, incluindo 20 crianças. Policiais esperam obter mais informações na manhã deste sábado

O massacre de 26 pessoas entre crianças e adultos ocorrido nesta sexta-feira (14) em uma escola em Connecticut (EUA) chocou o mundo e levantou questões básicas sobre o motivo que teria levado o rapaz de 20 anos, descrito como brilhante, mas introspectivo, a cometer o crime.

A polícia disse esperar obter mais informações na manhã deste sábado, incluindo a confirmação da identidade das vítimas. Mais de 12 horas após o massacre, a polícia começou a remover os corpos da escola e a chamar os pais para identificação, informou a NBC News.

Os investigadores estão tentando conseguir mais informações sobre o atirador, Adam Lanza, e interrogaram seu irmão mais velho, Ryan Lanza, de 24 anos. Mas um oficial disse não acreditar que o irmão tenha qualquer envolvimento com o massacre, pois não fazia contato com o irmão desde 2010. Os investigadores agora procuram informações em computadores e telefones.

Perfil: Suposto atirador da escola nos EUA tinha 20 anos
Choro: ' Nossos corações estão partidos', diz Obama sobre massacre em escola 
 
O porta-voz da polícia estadual, tenente Paul Vance, confirmou que o atirador matou 18 crianças dentro da escola primária de Sandy Hook, em Newton, de 27.000 habitantes, 128 km ao nordeste de Nova York, enquanto duas morreram em um hospital.

Também morreram seis adultos e o agressor. As autoridades ainda não esclareceram e o atirador cometeu suicídio ou foi morto em uma ação policial. A polícia afirmou que um adulto foi encontrado morto em outro local da cidade. Muitos veículos de imprensa afirmam que pode ser a mãe do atirador, Nancy Lanza. De acordo com a rede CNN, as armas usadas no massacre teriam sido compradas por Nancy Lanza.

O incidente foi o segundo mais grave nos recorrentes tiroteios registrados em centros educacionais dos Estados Unidos. O governador do estado, Dan Malloy, afirmou que "o mal visitou hoje esta comunidade". A escola de Sandy Hook tem 600 alunos com idades entre cinco e 12 anos.

Família chora após massacre em uma escola primária na cidade de Newtown, Estado americano de Connecticut, nesta sexta-feira

Família chora após massacre em uma escola primária na cidade de Newtown, Estado americano de Connecticut, nesta sexta-feira

Foto: Reuters

Presidente dos EUA, Barack Obama, se emociona ao fazer uma declaração sobre o massacre em Newtown, Connecticut

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Foto: AP

Garota chora após massacre em escola em Newtown, Connecticut

Garota chora após massacre em escola em Newtown, Connecticut

Foto: AP

Menino chora após ataque em escola de Newtown, em Connecticut

Menino chora após ataque em escola de Newtown, em Connecticut

Foto: Reuters

Mulher aguarda por notícias sobre sua irmã, uma professora na Escola Elementar Sandy Hook Elementary, em Connecticut

Mulher aguarda por notícias sobre sua irmã, uma professora na Escola Elementar Sandy Hook Elementary, em Connecticut

Foto: AP

Parentes e familiares recebem notícias sobre alunos e funcionários durante massacre em escola em Connecticut, EUA

Parentes e familiares recebem notícias sobre alunos e funcionários durante massacre em escola em Connecticut, EUA

Foto: AP

Parentes se abraçam do lado de fora de Escola Elementar de Sandy Hook em Newtown, Connecticut

Parentes se abraçam do lado de fora de Escola Elementar de Sandy Hook em Newtown, Connecticut

Foto: Reuters

Crianças aguardam do lado de fora da Escola Elementar Sandy, em Newtown, Connecticut, onde ocorreu o ataque

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Foto: Reuters

Pais deixam área de ataque após encontrarem seus filhos na Escola Elementar de Sandy Hook em Newtown, Connecticut

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Foto: AP

Porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, dá esclarecimentos sobre ataque contra escola em Newtown, Connecticut

Porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, dá esclarecimentos sobre ataque contra escola em Newtown, Connecticut

Foto: AP

Menino chora após ataque na Escola Elementar Sandy hook, em Connecticut, EUA

Menino chora após ataque na Escola Elementar Sandy hook, em Connecticut, EUA

Foto: Reuters

Imagem do Google Maps mostra a Escola Primária Sandy Hook, em Newtown, Connecticut

Imagem do Google Maps mostra a Escola Primária Sandy Hook, em Newtown, Connecticut

Foto: AP

Imagem de satélite do Google mostra a Escola Primária Sandy Hook, em Newtown, Connecticut

Imagem de satélite do Google mostra a Escola Primária Sandy Hook, em Newtown, Connecticut

Foto: AP

O massacre começou por volta das 09H30 local e "ocorreu em duas salas", o que sugere que as crianças ficaram encurraladas no local e foram alvo fácil do atirador, disse Vance. Na escola Sandy Hook estudavam cerca de 600 crianças, com entre cinco e 12 anos, incluindo vários filhos de brasileiros.

O consulado do Brasil em Connecticut revelou que fez contatos com várias famílias e que não há informação sobre vítimas brasileiras.

Além do banho de sangue na escola, outro corpo foi encontrado em uma residência em Newtown, pequena e pitoresca cidade a nordeste de Nova York, elevando o número total de mortos até agora a 28, contando com o próprio assassino, morto na cena do crime.

Segundo a imprensa local, o atirador utilizou ao menos duas armas, uma pistola Glock e um fuzil Sig Saeur para cometer o massacre na pacata cidade de Newtown, onde na última década havia ocorrido apenas um homicídio.

O presidente americano, Barack Obama, chorou ao revelar que sente uma "tristeza opressiva" pelo massacre em Connecticut, um "crime abominável", e prometeu adotar medidas "significativas" para impedir tragédias envolvendo armas de fogo.

"A maioria daqueles que morreram hoje eram crianças, lindas criancinhas com idades entre 5 e 10 anos", disse Obama na Casa Branca. "Elas tinham a vida toda pela frente, aniversários, formaturas, casamentos, seus próprios filhos".

Durante o discurso, Obama fez várias pausas e respirou profundamente, algumas vezes enxugando as lágrimas que insistiam em rolar.

"Entre os falecidos estão ainda professores, homens e mulheres que devotaram suas vidas a ajudar nossas crianças a realizar seus sonhos. Nossos corações estão partidos hoje por causa dos pais e avós, dos irmãos e irmãs daquelas crianças pequenas e pelas famílias daqueles que estão perdidos".

"Como país, já passamos demais por coisas assim", disse Obama sobre massacres anteriores no Colorado, no Oregon e no Wisconsin. "Estas localidades são nossas, essas crianças são nossas (...). Precisamos nos unir e tomar medidas significativas para evitar que mais tragédias como estas, independente de questões políticas".

O presidente ordenou que a bandeira americana fique a meio-mastro na Casa Branca, nos prédios federais e nos complexos militares em memória das vítimas do massacre.

"Um dos policiais disse que uma das piores coisas que ele já viu em toda a sua carreira, mas foi quando contaram a todos aqueles pais esperando pela saída dos filhos", declarou à emissora WCBS news uma enfermeira local, que correu para o local da tragédia.

"Eles pensavam que as crianças ainda estavam vivas, sabe. Eram 20 pais que acabaram de receber a notícia de que seus filhos estavam mortos. Foi horrível", contou.

Testemunhas descreveram o massacre como um intenso tiroteio, com talvez 100 tiros disparados, e contaram ter visto um corredor sujo de sangue.

"Estava no ginásio na hora. Ouvimos muitos estrondos e achamos que fosse o zelador desmontando coisas. Ouvimos gritos. E então, fomos para a parede e nos sentamos", contou um menino à emissora WCBS.

"Foi então que a polícia entrou. Tipo, ele ainda está aqui? Então ele correu. E aí alguém gritou para encontrar um lugar mais seguro, então fomos para o banheiro do ginásio e sentamos lá por um tempo", acrescentou, enquanto seus pais se aproximavam, atordoados.

"Então a polícia, tipo, bateu na porta, e estavam evacuando as pessoas, estávamos evacuando as pessoas. Nós corremos", acrescentou.

"Havia polícia em cada porta nos conduzindo por aqui, por ali. Rápido, rápido, venham. Nós corremos até a brigada de incêndio. Havia um homem derrubado no chão, com algemas", acrescentou.

Após o massacre, uma grande força policial se dirigiu para a vizinhança, enquanto outras escolas da região foram fechadas.

A tragédia em Connecticut é a segunda maior em número de óbitos em instituições de ensino do país, depois do massacre de 2007 na universidade Virginia Tech, que deixou 32 mortos.

O massacre na Escola de Ensino Médio de Columbine, em 1999, deixou 15 mortos, abrindo um debate feroz, porém inconclusivo, sobre a legislação branda de controle de armas nos Estados Unidos.

Massacres são uma ocorrência frequente em espaços públicos nos Estados Unidos, e só costumam terminar quando o atirador é morto ou se suicida.

No acontecimento recente de mais notoriedade, em julho deste ano, James Holmes, um jovem de 24 anos, teria matado 12 pessoas e ferido outras 58 quando abriu fogo contra a sessão de meia-noite do último filme de Batman em um cinema de Aurora, Colorado.

Apesar destas tragédias, o apoio a leis mais duras para o porte de armas é controverso, com muitos americanos contrários a restrições àquilo que consideram um direito constitucional de manter armas de fogo potentes em casa.

(Com informações da AP e AFP) 


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