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Sarney foi 'precipitado' em pautar veto, avalia peemedebista

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Luciana Lima

Para Leonardo Picciani, deputado do Rio e colega de partido do presidente do Senado, Sarney teria condições de resistir às pressões dos parlamentares

O deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) avaliou como precipitado o comportamento do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de convocar a sessão do Congresso que resultou na aprovação da urgência para apreciação do veto da presidenta Dilma Rousseff sobre a proposta de distribuição de royalties. Para Picciani, Sarney tinha todas as condições de resistir às pressões dos 25 Estados interessados em derrubar o veto.

Leia também: Derrubada de veto é considerada 'traição' do PMDB a Dilma

Leia mais: 'Não tenho mais o que fazer', diz Dilma sobre royalties do petróleo

“Bastava ele seguir o trâmite previsto no regimento e nos poupar de ter que entrar na Justiça”, disse o deputado. “Houve pressão, mas o presidente Sarney, com a experiência que tem, poderia resistir. Ele foi precipitado”, comentou.

A atitude de Sarney foi vista por deputados da base e pelo próprio Planalto como uma “traição” do PMDB à presidenta Dilma Rousseff. “Pegou mal, ainda mais com a Dilma em viagem”, comentou Picciani, que apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um mandado de segurança para anular os efeitos da tumultuada sessão de ontem.

Esse mandado de segurança é apenas um diante da enxurrada de contestações que devem chegar ao Supremo nos próximos dias. Também protocolaram recursos o deputado Alessandro Molon (PT-RJ) e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Os mandados de segurança foram distribuídos para o ministro Luiz Fux, que é carioca.

Ações: Parlamentares iniciam no STF 'judicialização' sobre royalties

A bancada capixaba também informou que também pedirá a anulação da sessão que foi presidida pela capixaba Rose de Freitas (PMDB), que é vice-presidente da Câmara. “Foi uma sessão ilegal, inconstitucional. Vamos também recorrer ao Supremo”, disse a deputada Iriny Lopes (PT-ES).

O deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES) informou que pretende usar o mesmo argumento do Rio para suspender a aprovação da urgência na Justiça. Hoje, em conversa com Picciani, o deputado pediu uma cópia da representação.

Lelo Coimbra minimizou os efeitos que a atitude de Sarney em relação à aliança para 2014 com vistas à eleição de Dilma Rousseff. Em sua avaliação, Dilma apenas pediu que Sarney não pautasse o pedido de urgência. “Ela [Dilma] não mobilizou sua tropa de choque para impedir isso”. “Ela pode ter ficado chateada, mas não passará disso”, considerou o deputado. “Choveu, molhou, secou”, comparou.


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