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Partidários e opositores de presidente do Egito convocam manifestações

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iG São Paulo

População volta a ser convocada um dia após megaprotesto ter forçado Morsi a deixar o palácio presidencial pela porta dos fundos

Partidários e opositores do presidente do Egito, Mohammed Morsi, convocaram nesta quarta-feira novas manifestações diante do palácio presidencial, um dia depois de um protesto com cerca de 100 mil participantes ter forçado o líder a deixar o local pela porta dos fundos.

Uma fonte da Presidência disse que Morsi estava de volta ao trabalho no palácio nesta quarta-feira, apesar de cerca de 200 manifestantes terem passado a madrugada acampados do lado de fora. A organização islamita Irmandade Muçulmana, da qual Morsi faz parte, convocou uma manifestação rival, também diante do palácio.

Leia também: Polícia entra em choque com opositores no Cairo

"A Irmandade Muçulmana e outras forças populares convocam uma manifestação diante do palácio de Ittihadiya na tarde desta quarta-feira para defender a legitimidade do presidente, depois que os opositores tentaram, na terça-feira, impor suas opiniões pela força", disse o porta-voz da organização, Mahmud Ghozlan.

Grupos de oposição acusam Morsi de se apropriar ditatorialmente de amplos poderes por meio de um decreto para impor a nova Constituição, redigida por uma assembleia dominada por políticos islâmicos. A Constituição será promulgada se for aprovada num referendo na semana que vem.

"Nossas marchas são contra a tirania e o decreto constitucional nulo, e não vamos recuar da nossa posição até que nossas exigências sejam atendidas", disse Hussein Abdel Ghany, porta-voz de uma coalizão oposicionista formada por liberais, esquerdistas e outras facções.

O esboço da nova Casta, aprovado às pressas, é acusado de não proteger alguns direitos fundamentais, incluindo a liberdade de expressão, e de abrir a porta para uma aplicação mais rigorosa da lei islâmica (sharia).

Nesta terça-feira, o opositor e ex-chefe da Liga Árabe Amr Moussa, que se retirou da Assembleia Constituinte, disse que o texto não contém as liberdades que devem ser garantidas no século 21.

O Ministério da Saúde informou que 18 pessoas ficaram feridas nos confrontos de terça-feira. A polícia usou gás lacrimogêneo quando os manifestantes quebraram as barricadas e chegaram aos muros do palácio.

Com AFP e Reuters


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